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Cardiologia26 dezembro 2024

Retrospectiva 2024: Os principais destaques em cardiologia 

Neste texto faremos uma retrospectiva dos principais artigos do campo da cardiologia publicados no site neste ano de 2024.

A área da cardiologia é sempre marcada por muitas novidades e 2024 não foi diferente. Tivemos excelentes estudos apresentados nos principais congressos, como o do American College of Cardiology, da American Heart Association e da Sociedade Europeia de Cardiologia, além de diversas novas diretrizes publicadas. Reunimos as principais publicações do ano neste artigo. Confira! 

Insuficiência cardíaca 

Estudos sobre tratamento de doenças clássicas, como insuficiência cardíaca (IC), continuaram surgindo com novidades. Agora temos mais opções para tratamento de pacientes com IC com fração de ejeção preservada (FEP) e obesidade: houve benefício dos antidiabéticas orais semaglutida e tirzepatida nesse grupo.  

Também foi visto benefício do uso do antagonista do receptor mineralocorticoide não hormonal, finerenone, que levou a redução de desfechos quando utilizada por pacientes com ICFEP ou IC com fração de ejeção levemente reduzida, independente da presença de diabetes e de doença renal crônica.  

Por fim, em relação a IC com fração de ejeção reduzida (FER), tivemos um estudo bastante interessante que avaliou se o uso de ciclossilicato de zircônio sódico, que reduz o potássio sérico, poderia levar a maior tolerabilidade da espironolactona, muitas vezes não utilizada pela ocorrência de hipercalemia. E os resultados também foram positivos: quem usou a medicação tolerou mais a espironolactona, que sabidamente reduz desfechos na ICFER. 

Arritmias 

Em relação às arritmias tivemos novidades no tratamento de pacientes com taquicardia ventricular em um estudo que comparou ablação por cateter e antiarrítmicos.  

Na subárea da fibrilação atrial (FA), tema sempre frequente, também tivemos novidades, com um estudo que avaliou o início da anticoagulação precoce comparada a tardia pós-acidente vascular cerebral associado à FA e um outro que avaliou se a oclusão do apêndice atrial após ablação da FA poderia ser uma alternativa à anticoagulação, com resultados animadores.  

Síndrome coronariana aguda 

No contexto da doença coronariana tivemos estudos que avaliaram a utilização de medicações já bastante conhecidas e utilizadas para outras doenças: a espironolactona e colchicina. Porém, os resultados não mostraram benefício dessas medicações nos pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). A empagliflozina, um iSGLT2 também foi avaliada em pacientes com IAM e, como as medicações anteriores, não mostrou resultado positivo.  

Ainda no cenário de síndrome coronariana aguda, alguns avaliaram o efeito dos betabloqueadores (BB), medicação comumente prescrita nessa situação. A recomendação desta classe vem de décadas atrás, quando o tratamento do IAM ainda era bastante limitado e não havia a disponibilidade dos antiagregantes, hipolipemiantes e da tecnologia associada aos stents dos dias atuais. Esses estudos mostraram que parece não haver benefício em se iniciar a medicação e, quando já está em uso, suspender ou manter resulta nos mesmos eventos.  

No contexto da coronariopatia crônica, estável, tivemos um estudo interessante que avaliou a realização de angioplastia preventiva nos pacientes com placas ateroscleróticas vulneráveis e os resultados mostraram benefício da intervenção.  

Cardio-oncologia 

Uma subárea da cardiologia que vem ganhando espaço é a da cardio-oncologia. Neste ano tivemos diversas publicações relacionadas com cardiotoxicidade que avaliaram medicações com potencial de preveni-la: iSGLT2, estatinas e enalapril, por exemplo.  

Tivemos diversos outros estudos interessantes nas áreas de hipertensão, valvopatia e perioperatório, com resultados que ajudaram a responder algumas perguntas do dia a dia do cardiologista. 

Por fim, tivemos diversas diretrizes de assuntos extremamente importantes publicadas, tanto internacionais como brasileiras.  

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