O FFR (fractional flow reserve) e o ultrassom intravascular (USIV) são opções para avaliar se uma estenose tem repercussão hemodinâmica e, como tal, se vale a pena a angioplastia com stent. O objetivo do estudo FLAVOUR foi comparar as duas técnicas, e o desfecho primário foi um combinado de mortalidade, IAM e necessidade de revascularização em dois anos. Foram incluídos pacientes referenciados para angioplastia com lesões de 40 a 70%; o ponto de corte utilizado no FFR foi <= 0,80. Os resultados foram divulgados no congresso do American College of Cardiology (ACC 2022).
Um total de 1682 participantes foram randomizados em dois grupos e acompanhados por 24 meses. A idade média foram 65 anos, 70% de homens, 63% com angina estável e 30% com síndrome coronariana aguda; 50% dos pacientes eram multivasculares. O grupo com USIV realizou mais angioplastias (53% vs 33%, p<0,05), mas isso não teve impacto no desfecho clínico: o desfecho primário ocorreu em 8,1% no grupo FFR e 8,5% no USIV, o que mostrou equivalência dos métodos em eficácia.
Um dos desfechos secundários foi se a angioplastia com stent preencheu critérios de “ótimo resultado em termos angiográficos”, isto é, se stent e fluxo ficaram bons, e ambos os grupos foram equivalentes.
Mensagem prática
Ambos os métodos são opções para orientar o cardiologista se uma lesão intermediária precisa ou não ser abordada com stent. A escolha ficará por critérios anatômicos e experiência da equipe de hemodinâmica.
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