Variações na pressão arterial são comuns no intraoperatório e há dúvidas sobre a melhor forma de controlá-la. A hipotensão leve, por exemplo, pode reduzir sangramento, ao passo que pode piorar a perfusão de alguns órgãos.
Em mais um estudo, apresentado no congresso do American College of Cardiology (ACC 2022), o grupo POISE comparou duas estratégias em cirurgias não cardíacas: alvo PAM >= 80 mmHg versus >= 60 mmHg no intraoperatório.
PA no intraoperatório
Foram incluídos pacientes com mais 45 anos e cirurgias não cardíacas, com maior risco cardiovascular e uso de ao menos um anti-hipertensivo no pré-operatório. O desfecho primário foi complicação vascular e/ou lesão miocárdica, definida pelo aumento de troponina no pós-operatório.
A amostra contou com 7.400 pacientes, idade média 70 anos, 56% homens, que usavam em média 2 anti-hipertensivos. Os resultados não mostraram diferença entre os grupos nas complicações vasculares, na lesão miocárdica ou em desfechos clínicos, como mortalidade.
Mensagem prática
Apesar de uma amostra bem calculada, para reduzir risco de falso-negativo, o alvo de PAM durante a cirurgia não foi diferente nas duas estratégias.
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