Em cirurgias não cardíacas, é comum algum grau de hipotermia durante a cirurgia. Quando isso ocorre, há dúvidas da melhor forma de aquecimento, se passivo ou ativo. O PROTECT trial, apresentado no congresso do American College of Cardiology (ACC 2022), avaliou um método de aquecimento ativo a 37ºC e teve como desfecho injúria miocárdica.
Aquecimento em hipotermias cirúrgicas
Foram incluídos pacientes com cirurgias > 2 horas e > 45 anos, com pelo menos um fator de risco cardiovascular, sendo excluídos indivíduos com IMC > 30 kg/m². No grupo controle, foi permitido o aquecimento passivo e com alvo de temperatura 35,5ºC.
A amostra incluiu 5.056 participantes, com idade média 67 anos e 32% mulheres; as cirurgias mais comuns foram intra-abdominais (cerca 50%).
Os resultados não mostraram diferença no desfecho primário entre os grupos, nem em desfechos secundários, como mortalidade, transfusão e infecções. Na análise de subgrupos também não houve diferença entre os grupos.
Mensagem prática
Um alvo de temperatura de 35,5 a 37ºC não mostrou um impacto relevante em desfechos clínicos e, por enquanto, isso não muda a prática atual no intra-operatório.
Confira mais detalhes do estudo aqui!
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