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Medicina de Emergência27 setembro 2018

Coma por múltiplas drogas: como manejar? [ABRAMEDE 2018]

O diagnóstico nos casos de coma por drogas deve ser precoce, pois o melhor desfecho está relacionado ao quão rápido o medicamento for interrompido.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Cerca de 30% das situações de coma no cenário da emergência são devido a drogas. O diagnóstico nesses casos deve ser precoce, pois o melhor desfecho está diretamente relacionado ao quão rápido rápido o efeito da droga está sendo interrompido. Na palestra “Coma por múltiplas drogas”, Renato Tambelli falou sobre o tema.

coma

Objetivos no atendimento ao paciente em coma

– Detectar rapidamente causas reversíveis
– Prevenir o dano neurológico consequente
– Traçar um plano diagnóstico
– Iniciar prontamente o tratamento
– Monitorização contínua

Mecanismo de coma por drogas:

1) Efeito tóxico da droga diretamente no sistema nervoso central (SNC): álcool, antipsicóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, organofosforados, colinérgicos, hidrocarbonetos, opioides, benzodiazepínicos, barbituratos.
2) Drogas com efeitos secundários no SNC: salicilatos (edema cerebral), valproato, anti-hipertensivos (mediante hipotensão), monóxido de carbono (leva à hipoxemia), síndrome neuroléptica maligna.

O que pode matar o paciente em coma imediatamente?
– PCR
– Obstrução de vias aéreas: importante realizar manobras para abertura de vias aéreas
– Hipoxia

O que pode matar o paciente nos próximos minutos? (deve-se tratar as causas potencialmente reversíveis)
– Hipoglicemia
– Overdose de opioides
– Sinais de hipertensão intracraniana

Avaliação inicial

– História clínica com APH e familiares
– Exame neurológico inicial: Glasgow
– Sinais de hipertensão Intracraniana
– Avaliação do padrão respiratório
– Identificar toxico-síndromes
– Sinais de choque
– Identificar sinais de trauma

E os exames? Gasometria arterial; eletrocardiograma; dosagens séricas de medicamentos (carbamazepina, etanol, fenobarbital, valproato, salicilato); eletrólitos; função renal; CPK; radiografia de tórax; TC de crânio (na suspeita de patologia no SNC); culturas (na suspeita de sepse).

Intoxicação aguda: tratamento de suporte; diminuir absorção; facilitar eliminação; prevenir sequelas.

Medidas de descontaminação

– Lavagem gástrica: raramente indicada; < 1 hora de ingestão; via aérea protegida (atenção ao alto risco de broncoaspiração); ausência de antídoto disponível; equipe com experiência no procedimento.
– Carvão ativado: dose única em pacientes com intoxicação há menos de 1 hora. Indicado para substâncias altamente tóxicas; pode ser indicado para acelerar a eliminação em algumas drogas, como barbitúricos.
– Alcalinização da urina;
– Diálise de urgência: situações específicas – como o coma barbitúrico;
– Antídotos específicos.

MAIS DO CONGRESSO ABRAMEDE 2018

Injúria renal:

Doenças crônicas:

Insuficiência cardíaca:

Medicina Interna:

Lombalgia:

Sepse:

Trauma:

Cetoacidose diabética:

Síndrome coronariana aguda:

Asma grave:

A PEBMED ESTÁ NO ABRAMEDE 2018

Entre os dias 25 e 28 de setembro, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE) promove em Fortaleza (CE) a 6ª edição do maior Congresso de Medicina de Emergência Adulto e Pediátrico da América Latina. O evento conta com workshops, cursos e palestras com os maiores especialistas da área. A PEBMED está em Fortaleza e vamos publicar aqui no Portal com exclusividade as principais novidades do evento.

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