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A sepse mata mais que o infarto e o câncer, e a verdade é que as pessoas não sabem o que é essa complicação. Se você perguntar para a população se alguém já ouviu falar de infarto, 95% vão responder que sim; na sepse, isso não acontece. Segundo o estudo nacional SPREAD, 30% dos leitos de UTI são ocupados por sepse e a mortalidade nacional ainda está acima de 50%. No painel “Update em sepse”, o palestrante Aécio Teixeira Góis falou sobre as principais novidades de 2018.
Boas práticas na sepse
Entre as principais boas práticas para os profissionais de saúde estão:
– Obter hemoculturas e culturas dos sítios apropriados ANTES da administração da antibioticoterapia, sem causar atraso no início dos antimicrobianos. Deve-se coletar, pelo menos, dois pares de hemocultura (aeróbio e anaeróbio).
– Terapia antimicrobiana empírica inicial deve ser realizada com duas ou mais drogas. Lembrando que quanto mais precoce o antibiótico melhor é a sobrevida do paciente, e atualmente recomenda-se que seja feita em até 1 hora.
– Uso precoce de vasopressor (a escolha é pela noradrenalina), também em até 1 hora, em pacientes com choque refratário. Recomenda-se manter uma PAM ≥ 65 mmHg.
Soro fisiológico X Ringer lactato:
Pacientes que recebem mais de 4,0 L de soro fisiológico em 24 horas evoluem mais para diálise, são mais inflamados e respondem pior a agentes vasoativos. O estudo SMART, publicado recentemente no New England Journal of Medicine, comparou os cristaloides na reposição volêmica na sepse e mostrou um sensível benefício a favor do ringer lactato, porém sem impacto em mortalidade.
Dessa forma, atualmente recomenda-se optar pelo ringer lactato quando o mesmo estiver disponível, especialmente quando a reposição volêmica for de 4 litros ou mais.
E o paciente séptico oncológico? Ele é diferente?
No paciente oncológico com sepse, ainda não há um consenso. Pesquisadores acreditam que nesse grupo o pacote e as intervenções possivelmente devam ser diferenciadas. Nos últimos anos tem sido crescente a presença de pacientes com câncer nas emergências e esses pacientes são os que costumam morrer de sepse.
MAIS DO CONGRESSO ABRAMEDE 2018
Lombalgia:
Sepse:
- Como tratar infecções graves em imunodeprimidos?
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Trauma:
Cetoacidose diabética:
Síndrome coronariana aguda:
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Asma grave:
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A PEBMED ESTÁ NO ABRAMEDE 2018
Entre os dias 25 e 28 de setembro, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE) promove em Fortaleza (CE) a 6ª edição do maior Congresso de Medicina de Emergência Adulto e Pediátrico da América Latina. O evento conta com workshops, cursos e palestras com os maiores especialistas da área. A PEBMED está em Fortaleza e vamos publicar aqui no Portal com exclusividade as principais novidades do evento.
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