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Atualmente a insuficiência cardíaca (IC) é a causa de morte cardiovascular mais comum em países da Europa Ocidental e EUA e é um problema crescente no Brasil, mesmo com os avanços no seu tratamento. No painel sobre IC do ABRAMEDE 2018, o palestrante Glauber Gean de Vasconcelos abordou o tema “IC terminal: reconhecendo o fim e estabelecendo os limites terapêuticos”.
Na insuficiência cardíaca estágio D as alternativas terapêuticas são: suporte circulatório mecânico, UF por HD, cirurgias ou drogas experimentais, infusão contínua de inotrópicos ou transplante cardíaco. Quando estas não são possíveis, opta-se pelos cuidados paliativos.
Quando esgotam-se todas as possibilidades de tratamento de manutenção ou prolongamento de vida, o tratamento do paciente deve ter como objetivo oferecer qualidade de vida e manutenção da dignidade humana durante o curso da doença, na terminalidade, na morte e durante o período de luto familiar.
Os três sintomas mais comuns dos pacientes com IC terminal na emergência são:
- Dor
- Dispneia
- Depressão (presente em 70% dos doentes)
Como estabelecer estratégias antes da finitude?
- História natural da IC
- Avaliação da independência e autonomia do indivíduo
- Necessidade de equipe multidisciplinar
- Relacionamento estreito com a família e equipe
A tomada de decisão deve ser feita pela equipe médica em conjunto com o paciente e a família e deve seguir três passos:
1) Avaliar a percepção conjunta de prognóstico;
2) Garantir a compreensão das opções terapêuticas possíveis;
3) Compartilhar a decisão.
Dilemas da IC terminal
Os principais dilemas da IC terminal são:
– Compreensão do paciente e da família: é comum que o doente e seus familiares não entendam corretamente os termos técnicos e a evolução natural da doença.
– Sociedade: alto custo de internação por IC
– Entre as equipes de saúde: curso clínico imprevisível da doença, as dificuldades na comunicação com o paciente e familiares e da discussão sobre o prognóstico.
E como podemos melhorar essa comunicação? O palestrante dá cinco dicas:
- Prepare a si mesmo e o ambiente
- Faça perguntas antes de explicar ao paciente sua situação
- Compartilhe as informações (aos poucos e sempre com uma linguagem acessível)
- Seja empático às reações
- Sumarize (não seja prolixo)
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