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Pediatria14 outubro 2021

AAP 2021: associação de amamentação com asma infantil

Um estudo apresentado na AAP 2021 examinou a associação da duração e exclusividade da amamentação com asma infantil e sua gravidade.

O papel da amamentação na asma infantil é controverso há muito tempo. A maioria das pesquisas se refere a países desenvolvidos com escassa literatura disponível em países em desenvolvimento como a Índia, onde um fenótipo diferente de asma é prevalente. Além disso, a pandemia de Covid-19 aumentou ainda mais a ansiedade das mães em amamentar seu filho.

Um interessante estudo da Armed Forces Medical College da Índia, publicado na AAP Experience 2021, congresso da American Academy of Pediatrics, examinou a associação da duração e exclusividade da amamentação com asma infantil e sua gravidade, medida pelo Pico de Fluxo Expiratório (PFE).

mulher amamentando bebê e risco de asma

Amamentação e asma

Métodos: foi conduzido um estudo de caso-controle em Pune, Índia. Foram incluídas 180 crianças com asma (casos) e 180 sem (controles). Um questionário padronizado registrou dados demográficos, anamnese e de amamentação. As leituras do PFE foram obtidas de cada criança.

A regressão logística condicional e a regressão linear foram utilizadas para explorar a associação da amamentação com asma e PFE, respectivamente.

Resultados

A duração média da amamentação entre os casos foi de 5 meses em comparação com os controles de 9 meses. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as mães foi de 60% (50% entre os casos e 69% entre os controles). O aleitamento materno exclusivo foi associado a 46% menos chance de ter asma. A duração da amamentação foi significativamente associada à menor probabilidade de ter asma e um aumento de 1 mês na duração da amamentação foi associado a 23% de redução do risco da doença.

As chances de asma materna, tabagismo paterno e tabagismo materno foram maiores entre crianças com asma em comparação com crianças sem asma. O peso da criança e a duração da amamentação estavam negativamente associados ao PFE. História asmática materna, alergias associadas, tabagismo paterno e escolaridade dos pais foram positivamente associados com PFE para a amostra geral.

Conclusão

O aleitamento materno exclusivo e prolongado mostrou fatores de proteção para o desenvolvimento de asma. Concluindo que a promoção do aleitamento materno e a cessação do tabagismo devem ser uma prioridade no controle da asma infantil. Mais pesquisas devem ser realizadas para explorar a correlação negativa encontrada entre a duração e a frequência da amamentação e o PFE.

Estamos acompanhando o congresso da AAP 2021. Fique ligado no Portal PEBMED!

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