Entre os dias 29 a 31 de março acontece em Chicago, nos Estados Unidos, a edição de 2025 do congresso da American College of Cardiology (ACC).
O congresso americano é um dos mais aguardados na cardiologia mundial, trazendo importantes discussões e insights para a prática médica. Nesta edição, alguns dos destaques são: novas terapias, tecnologia e cardiologia digital, revascularização miocárdica, novas estratégias em anticoagulação, novos dados em terapia com ferro na IC.
Juntamente com a Afya CardioPapers (confira os resumos em vídeo aqui), o Portal Afya está realizando a cobertura do ACC 2025, trazendo em primeira mão todas as novidades divulgadas.
Anote na agenda! Live de resumo do evento dia 31/03, às 20h, com a Afya Cardiopapers!
Principais estudos do ACC 2025
Um estudo de fase 1 mostrou redução expressiva do LDL ao associá-la com rosuvastatina. No último dia de congresso foram apresentados os resultados do estudo PURSUIT, um estudo de fase 2 com a medicação AZD0780.
Foi apresentado no congresso um trabalho que avaliou se colchicina em baixa dose (0,5mg/dia) reduziu progressão de placa aterosclerótica comparado a placebo em pacientes com doença aterosclerótica coronária (DAC) estável.
O estudo Evolut Low Risk demonstrou que a TAVI para pacientes com estenose aórtica (EAo) grave e de baixo risco cirúrgico não foi inferior à cirurgia aberta para o desfecho primário de mortalidade por todas as causas ou AVC incapacitante em 2 anos. Agora, foram divulgados os dados de um novo estudo, que visou avaliar os resultados após 5 anos de seguimento.
No segundo dia de congresso, foram apresentados os resultados do estudo PRAGUE-25, que tinha como hipótese que, em pacientes obesos, MEV levaria a melhora do efeito dos antiarrítmicos e esta combinação seria não inferior a ablação por cateter.
No congresso, também foram apresentados os resultados de cinco anos do estudo FAME-3, que comparou a ICP guiada por reserva fracionada de fluxo (FFR) e utilização de stents farmacológicos de última geração com a CRM em pacientes com DAC multiarterial.
O estudo SMART-CHOICE teve o objetivo de avaliar a eficácia e segurança da monoterapia com clopidogrel comparado a aspirina após o período de DAPT em pacientes submetidos a ICP que tinham alto risco de eventos isquêmicos recorrentes.
O estudo ALIGN-AR foi um ensaio clínico multicêntrico (28 centros dos Estados Unidos), aberto, braço único para avaliar TAVI com a JenaValve Trilogy System em pacientes com IAo grave sintomáticos com alto risco cirúrgico.
Como a restrição de líquidos atualmente não possui tantas evidências, o estudo FRESH-UP buscou avaliar a liberação para pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados foram apresentados no evento e publicados na Nature Medicine.
O estudo RIVAWAR buscou comparar a eficácia da rivaroxabana, um NOAC, em comparação a varfarina no tratamento de trombo agudo de VE no pós-IAM em 1 mês e 3 meses de seguimento.
O estudo SOUL teve como objetivo avaliar, agora, a eficácia da medicação oral em reduzir eventos cardiovasculares maiores (MACE) em pacientes com diabetes tipo 2 com doença aterosclerótica e/ou doença renal crônica.
Foi feito um estudo para avaliar a eficácia e segurança da dapagliflozina, um iSGLT2, especificamente na população de pacientes com estenose aórtica (EA) submetidos a tratamento com TAVI. O estudo foi apresentado no primeiro dia do ACC 2025.
Ainda no primeiro dia do congresso, foram apresentados os resultados do estudo FARES II, um estudo de fase 3, randomizado e controlado com objetivo de comparar a eficácia e segurança do CCP em relação ao PFC em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca e que tiveram sangramento.
O estudo STRIDE foi um ensaio duplo-cego, randomizado e controlado por placebo feito em 112 locais de ensaios clínicos ambulatoriais em 20 países. O objetivo seria avaliar se semaglutida (agonista do receptor de GLP-1) melhoraria o perfil glicêmico, inflamação, pressão arterial, complicações renais, obesidade, acarretando benefícios micro e macrovasculares.
No primeiro dia do evento, uma sessão apresentou o estudo API-CAT, publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine. O objetivo era avaliar a segurança e eficácia de usar uma dose reduzida de apixabana em pacientes com casos de eventos tromboembólicos e câncer.
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