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Oftalmologia19 dezembro 2023

Retrospectiva 2023: o que foi destaque no ano em oftalmologia

Neste artigo apresentaremos os principais assuntos tratados no campo da oftalmologia apresentados no portal durante o ano de 2023.

Por Juliana Rosa

O ano de 2023 foi marcado por uma grande produção científica e um enorme avanço nas pesquisas em Oftalmologia. Covid-19 ainda em alta, controle de miopia e ceratocone estão entre os temas oftalmológicos mais cotados.

Retrospectiva 2023: o que foi destaque no ano em oftalmologia

Pontos mais relevantes de 2023 na oftalmologia:

  1. Aumento da miopia no mundo e tratamentos para controlar a miopia (ortoceratologia, atropina, lentes oftálmicas e lente de contato de descarte diário): sem dúvida o tema mais falado do ano no meio oftalmológico. Evidências crescentes dos fatores de risco e do benefício dos tratamentos disponíveis!
  1. Alertas da Anvisa/FDA: o ano começou com alerta sobre casos de queimadura nos olhos associada a uso de pomada de trancinha. Em fevereiro, o FDA alertou consumidores a não usar colírio ezricare pelo risco de infecção.
  1. Terapias gênicas oculares estão em alta: foi anunciado em março o tratamento do primeiro paciente com retinose pigmentar com a terapia gênica FT 002.
  1. Doença do olho verde (christmas eye): a síndrome rara causada por um besouro levando a ulceração aguda da córnea teve casos relatados no hemisfério sul.
  1. A síndrome da visão do computador nunca esteve tão em alta. Uma metanálise avalia essa síndrome que inclui sintomas como visão turva, fadiga, desconforto visual, diplopia, cefaleia, sensação de olho seco, dentre outros. Junto dela vem o espasmo de acomodação, outra entidade que aparece junto do uso excessivo (muito excessivo!) da visão de perto e que tem um artigo todinho dele em agosto desse ano.
  1. Covid ainda é assunto importante. Arcturus, variante da covid presente no início do ano, chegou causando conjuntivite em crianças. O risco de oclusão vascular pós vacina da covid também é discutido.
  1. Sobre temas do dia a dia do consultório, a blefarite e o hordéolo foram os mais cotados. Alta prevalência no atendimento em oftalmologia geral.
  1. Falando em tema cotado, uma nova droga para olho seco e blefarite que obteve aprovação pelo FDA nesse ano foi o MIEBO, medicamento que promete evitar a evaporação excessiva da lágrima.
  1. Ceratocone não sai de moda e sempre é revisado no junho violeta. Uma ótima oportunidade para reler sobre esse tema relevante e comum no consultório.
  1. Óculos com filtro de luz azul não funcionam para reduzir a fadiga visual, como prometido pela indústria — é o que diz a revisão sistemática publicada esse ano. Alívio para o coração dos oftalmologistas.
  1. Pra quem atende crianças esse é fundamental: recomendações da SBOP (sociedade brasileira de oftalmopediatria) sobre cicloplegia e midríase em crianças. Imperdível!
  1. E quem é que não tem (muitos) pacientes alérgicos? Tacrolimus é o queridinho dos oftalmologistas nos tratamentos de alergias oculares. Dá uma olhada no artigo publicado em novembro.
  1. Todo mundo sabe que eu amo lentes de contato e eu precisava fazer esse mito cair do cavalo: criança pode sim usar lentes de contato. A idade não é contraindicação. O que é bem avaliado é: pra qual indicação? Qual seria a melhor lente e forma de uso? A criança e os pais têm capacidade de assumir essa tarefa? Quando indicada por um bom motivo (em grande parte reabilitação visual, prevenção de ambliopia ou uso em atividades esportivas), bem-adaptada, orientada e acompanhada, tudo vai muito bem.
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