Junho Violeta: mês de conscientização do ceratocone

Em alusão ao Junho Violeta, mês de conscientização do ceratocone, destacamos um estudo sobre o tema. A pesquisa avaliou se pacientes diagnosticados com ceratocone progressivo diferem dos estáveis em relação a concentrações de interleucina 6 e cortisol capilar.

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O estudo publicado sobre o assunto é um brasileiro, prospectivo, observacional, que compara pacientes com ceratocone progressivo, pacientes com ceratocone estável e pacientes saudáveis.  

O objetivo foi determinar as concentrações de interleucina e cortisol nos diferentes grupos, além de correlacionar essas concentrações com o dano estrutural, incluindo o aumento da curvatura e o afinamento epitelial e estromal. As amostras de lágrima foram obtidas e avaliadas as quantidades de IL-1B, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12p70 e fator de necrose tumoral alfa (TNFα).  

As concentrações de cortisol foram medidas em amostras de cabelo de 3cm, próximas ao couro cabeludo, que representariam o cortisol cumulativo nos três meses anteriores. Foram avaliados 74 pacientes (136 olhos). Os autores reportaram níveis aumentados de IL6 em pacientes com progressão em contraste com os estáveis( 6.59 ± 3.25 pg/ml vs. 4.72 ± 1.91pg/ml; p<0.0001).  

Os níveis de outras interleucinas e  TNFα foram similares entre os grupos. Houve correlação positiva moderada entre IL6 e ceratometria mais curva (K2). Os pacientes com ceratocone progressivo também tinham maiores valores de cortisol capilar que os estáveis (0.624 ± 0.160 ng/mg vs. 0.368 ± 0.0647 ng/mg; p < 0.0001) e que os controles saudáveis (0.624 ± 0.160 ng/mg vs. 0.351 ± 0.0896 ng/mg; p<0.0001).  

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O cortisol não diferiu significativamente entre os controles e os pacientes com ceratocone estável. Foi encontrada correlação significativa entre cortisol capilar e K2 e entre IL6 e cortisol capilar. O estudo concluiu que a monitorização da informação molecular poderia permitir a detecção mais precoce de pacientes em progressão.