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Um artigo recente do New England Journal of Medicine abordou o estudo SMART (Isotonic Solutions and Major Adverse Renal Events Trial), que randomizou 15.802 pacientes admitidos em cinco UTIs em um único centro acadêmico. As unidades trocaram soluções salinas e cristaloides balanceados em meses pares e ímpares; ao longo do estudo de 1 de junho de 2015 até 30 de abril de 2017, 7.860 pacientes receberam SF 0,9% e 7.942 receberam Ringer lactato ou Plasma-Lyte A.
Dente as características dos participantes, a mediana de idade era de 58 anos, 56,7% eram homens, mais de um terço estava em ventilação mecânica, cerca de um quarto estava em uso de vasopressores e a creatinina basal era 0,89. O desfecho primário era caracterizado por eventos renais adversos maiores dentro de 30 dias:
– Morte;
– Nova terapia renal substitutiva;
– Disfunção renal persistente (caracterizada pela duplicação da creatinina de base).
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Os pacientes que receberam cristaloides balanceados tiveram menos incidência de desfechos primários em relação aos que receberam soluções salinas (p=0,04). Houve menos mortes no grupos dos cristaloides (p=0,06). Os resultados mostram que pacientes usando soluções balanceadas tiveram uma redução absoluta de 1,1% nos desfechos primários. Mudar de solução salina para cristaloide balanceado preveniria que um paciente tivesse morte, nova terapia de reposição renal ou disfunção renal persistente a cada 94 pacientes tratados.
Dessa forma, de acordo com este estudo, apesar da solução balanceada ser mais dispendiosa a longo prazo, parece haver um melhor custo-benefício com o uso de soluções balanceadas em pacientes críticos.
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Referência:
- Balanced Crystalloids versus Saline in Critically Ill Adults; Semler,M.W. Self,W.H. et al., NEJM fev, 2018.
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