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Medicina de Emergência25 setembro 2018

Asma grave: como evitar a intubação orotraqueal? [ABRAMEDE 2018]

Como proceder diante de um paciente com crise de asma? Como evitar a intubação orotraqueal (IOT)? Esse foi o tema da palestra “Asma Grave” na ABRAMEDE 2018.

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Entre 2008 e 2013 observou-se que o número de hospitalizações por asma diminuiu, mas o tempo de internação se manteve estável e a mortalidade intra-hospitalar aumentou. Esses dados indicam que um maior número de pacientes mais graves está sendo internado, e muitos desses são casos de difícil reversão.

Como proceder diante de um paciente com crise de asma? O que se espera de uma boa resposta? Como evitar a intubação orotraqueal (IOT)? Esse foi o tema da palestra “Asma Grave”, com moderação de Filadelfia Passos Rodrigues Martins:

intubação

1) Detectar a gravidade da asma

O primeiro passo diante de um paciente com crise asmática é identificar sinais (pitfalls), manifestações que indicam que o doente provavelmente evoluirá desfavoravelmente, como, por exemplo, o uso de musculatura acessória.

Quem tem o maior risco?

Os pacientes em maior risco são aqueles que se apresentam sonolentos, agitados ou com tórax silencioso, que é o doente que deixa de sibilar. Quando o sibilo, principal manifestação da asma (decorrente do broncoespasmo), desaparece, é um sinal de que o paciente está deteriorando.

2) Tratamento

A partir da detecção de gravidade, deve-se inciar o tratamento imediatamente:

– Beta-agonista de curta duração (inalatório, de preferência) com a dose recomendada de 4 a 8 jatos a cada 20 minutos durante a primeira hora de tratamento, ou uma nebulização contínua com soro fisiológico e beta-agonista de curta, além do suporte de oxigênio direto.

– Associado ao tratamento beta-agonista, o mais recomendado é iniciar imediatamente a corticoidoterapia sistêmica em uma posologia equivalente a 1 mg/kg/dia de prednisona ou prednisolona.

– Após a primeira hora, o tratamento continua com o beta-agonista de curta, agora em 4 a 10 jatos a cada 4 a 6 horas, e deve-se iniciar o ipratrópio inalatório, que vai atuar como um tratamento adjuvante na asma grave.

Aminofilina, sulfato de magnésio e ventilação não invasiva (VNI)

A aminofilina é muitas vezes utilizada, mas não há nenhum estudo que mostre um benefício real e seu uso é bastante contraditório. O sulfato de magnésio, que também é utilizado em algumas situações, é recomendado apenas nos casos refratários.

Ainda não se sabe o real benefício da VNI e não há uma recomendação formal. O profissional deve atentar-se para o fato de que a VNI não pode postergar a IOT.

Take-home message!

A mensagem final da palestra destaca o mais fundamental após a reversão do estado de crise asmática: o paciente deve ter um plano de ação prescrito para o pós-crise. O médico deve passar um plano de ação ao paciente para otimização terapêutica e para impedir novas crises.

MAIS DO CONGRESSO ABRAMEDE 2018

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Síndrome coronariana aguda:

Asma grave:

A PEBMED ESTÁ NO ABRAMEDE 2018

Entre os dias 25 e 28 de setembro, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE) promove em Fortaleza (CE) a 6ª edição do maior Congresso de Medicina de Emergência Adulto e Pediátrico da América Latina. O evento conta com workshops, cursos e palestras com os maiores especialistas da área. A PEBMED está em Fortaleza e vamos publicar aqui no Portal com exclusividade as principais novidades do evento.

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