Estima-se que 1 bilhão de pessoas sejam infectadas anualmente por influenza no mundo e sabemos que esse vírus aumenta a ocorrência de eventos cardiovasculares. A redução do risco relacionado a infecção decorre da utilização da vacina, que é produzida em diferentes tipos, em altas doses ou doses padrão.
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A utilização da vacina em altas doses reduz o risco da infecção, porém não é amplamente utilizada pela falta de evidência de redução de mortes e hospitalização e novos tipos de estudos para entender o papel das vacinas são necessários.
Foi realizado então o estudo DANFLU-1, com um novo desenho e intuito de comparar altas doses com dose padrão da vacina contra influenza.
Foram incluídos na análise final 12477 pacientes de 65 a 79 anos, randomizados 1:1 para alta dose ou dose padrão. O recrutamento da maior parte dos pacientes (11463) foi feito nos primeiros 15 dias do estudo e o critério de exclusão era alergia ou hipersensibilidade a vacina.
O seguimento de 14 dias pós vacina foi completado em 99,97% dos pacientes e houve redução na taxa de internação por influenza ou pneumonia nos pacientes que receberam altas doses, assim como da mortalidade por todas as causas, sem diferença em relação a ocorrência de internação por doenças cardiorrespiratórias.
Esse estudo, feito com método diferente do habitual mostrou que parece haver beneficio no uso de vacina de influenza em altas doses, porém estudos maiores são necessários para confirmar esses achados.
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