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Cardiologia29 agosto 2022

ESC 2022: Apresentado o maior estudo sobre tratamento de doença renal crônica

Estudos anteriores de avaliação de tratamento invasivo versus tratamento conservador geralmente excluem pacientes com doença renal crônica.

Estudos de avaliação de tratamento invasivo comparado a tratamento conservador geralmente excluem pacientes com doença renal crônica e o melhor tratamento para esta população continua não estabelecido.

doença renal

O estudo

O ISCHEMIA-CKD incluiu 777 pacientes com TFG até 30 ou dialíticos e isquemia moderada ou importante em exames não invasivos que foram randomizados para tratamento inicial invasivo (angioplastia ou cirurgia) associado a tratamento medicamentoso otimizado (TMO) ou tratamento conservador inicial baseado em TMO com revascularização percutânea ou cirúrgica na falha deste.  

Os pacientes tinham idade média de 63 anos, 31% eram mulheres, 67% diabéticos, 53% dialíticos, 38% com isquemia importante, 51% com doença multiarterial. No seguimento médio de 2,2 anos a estratégia inicial invasiva não reduziu o desfecho primário de morte ou infarto agudo do miocárdio (IAM).  

Foi então publicado no ESC 2022 o ISCHEMIA-CKD EXTEND, com o seguimento de cinco anos desses pacientes. O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas e os desfechos secundários foram morte cardiovascular e morte não cardiovascular.  

Houve um total de 305 mortes, endo 158 no grupo de tratamento invasivo e 147 no tratamento conservador, sem diferença estatística entre os grupos. Também não houve diferença ao se avaliar morte cardiovascular e não cardiovascular. Não houve efeito de heterogeneidade de tratamento para nenhum subgrupo.  

A taxa de mortalidade foi bastante alta em cinco anos, próxima de 40% nos dois grupos, mostrando que este grupo é de alto risco e tratamentos específicos são necessários para reduzi-lo. Este foi o maior estudo que avaliou estratégia de tratamento em pacientes com doença renal crônica e os pacientes serão avaliados novamente com nove anos de seguimento. 

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Referências bibliográficas

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