Cerca de 4% da população adulta já fez uso ao menos uma vez na vida de cocaína. E 1,6% dos jovens fez uso nos últimos 12 meses. O tratamento desse paciente envolve o controle dos sintomas adrenérgicos e da agitação psicomotora, a exclusão de diagnósticos diferenciais para as queixas apresentadas e muitas vezes, o manejo de uma entidade presente em 56% dos casos e responsável pela maior morbimortalidade: a dor torácica.
Em relação à dor torácica, é importante inicialmente caracterizá-la a fim de excluir síndromes aórticas agudas, pneumotórax, tamponamento e outras causas que necessitem de abordagem imediata e específica. Eletrocardiograma, RX de tórax e se houver o Ultrassom Point of Care disponível, também é um excelente recurso nessa investigação inicial.
Se a principal hipótese é uma dor de origem cardíaca, um dos principais erros é a suposição de que por ser associada a uso de uma substância simpatomimética, trata-se de um vasoespasmo coronariano.
Neste episódio, Juliana Sartorelo, toxicologista, emergencista e conteudista do Portal, fala sobre as nuances de um quadro bastante presente nos pronto atendimentos de todo o Brasil: a dor torácica associada ao uso de cocaína. A especialista comenta ainda sobre a exclusão de diagnósticos diferenciais, tratamento e o uso de benzodiazepínicos.
Para mais conteúdos como esse, acesse nosso canal no YouTube.
Tópicos abordados no episódio:
- Excluir diagnósticos diferenciais potencialmente graves
- Utilizar benzodiazepínicos como primeira escolha para tratamento das manifestações cardiovasculares
- Conhecer as indicações e contraindicações das medicações habitualmente utilizadas para tratar a SCA
- Preferir angioplastia primária em caso de necessidade de intervenção para IAMCSST
Leia ainda: Caso Clínico: Taquicardia ventricular e Tempestade Elétrica
Siga também a PEBMED no Instagram, Facebook, Twitter e no YouTube
Autoria

Juliana Sartorelo
Médica formada em 2006 pela UFMG, Residência em Clínica Médica, especialista em Medicina de Emergencia e Toxicologia Médica, titulada pela AMB. Mestra em infectologia e Medicina Tropical. Membro da diretoria da ABRAMEDEMG, presidente do Comitê de Toxicologia da Abramede Nacional. Membro da Comissão de Toxicologia da AMB.
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.