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Pneumologia23 maio 2022

ATS 2022: Atualizações do GINA 2022

No ATS 2022, muitas conferências debateram as principais mudanças no novo consenso da Iniciativa Global para a Asma 2022 (GINA).

Entre os destaques do ATS 2022 nas doenças obstrutivas, muitas conferências debateram as principais mudanças no novo consenso da Iniciativa Global para a Asma 2022 (GINA). As principais mudanças ocorrem no manejo de pacientes com asma grave.

gina

Atualizações 

O Tezepelumab, um anti-TSLP, conhecido como alarminas, que apresenta boa eficácia e segurança, já foi incluído no novo consenso, e pode ser utilizado para pacientes com resposta T2 ou não T2, sobretudo no paciente com asma grave. Além disso, a preocupação com biomarcadores como eosinófilos e o FeNO (fração exalada do óxido nítrico) não parece ser tão importante no manejo da droga. Assim como o tezepelumab, o dupilumab, um anti-IL4 e anti-IL13, foi aprovado para crianças na faixa etária a partir de seis anos pelas agências de regulação americanas.

O uso de corticoides inalatórios ainda permanece como a principal forma de tratamento e deve estar presente desde a etapa 1, mesmo sob demanda, até a etapa 5. O GINA ainda coloca a expansão com melhoria e acesso do tratamento em pacientes de baixa e média renda, reforçando que o beta agonista isolado como o salbutamol pode ser utilizado em associação com algum corticoide inalatório, não apenas a combinação formoterol-budesonida.

Ainda sobre a combinação budesonida-formoterol, é interessante lembrar que ela não é aprovada para a idade escolar entre seis a onze anos. Nessa faixa etária o ideal permanece sendo o uso de beclometasona e salbutamol para asma leve. Na faixa etária pediátrica também não há indicação de uso apenas de salbutamol, ou seja, broncodilatadores de ação curta (SABA) isoladamente. O tratamento sempre deve envolver o uso de corticoide inalatório. Quanto maior o uso do SABA, mesmo na asma leve, maior o risco de exacerbações.

Para o futuro, em 2023, há uma expectativa para discussão e revisão dos conceitos de asma leve, imunoterapia, e uma revisão do tratamento da asma grave em crianças. Estudos de vida real serão capazes de dizer o verdadeiro efeito dos imunobiológicos no tratamento desses pacientes, sejam crianças ou adultos.

Mensagens práticas

  • Os avanços no tratamento da asma grave avançam sobretudo na imunoterapia;
  • Tratamentos como Tezepelumab já podem usados para asma com reação T2 ou não-T2;
  • No Brasil, o Tezepelumab ainda não está disponível para uso;
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Referências bibliográficas

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