ATS 2022: nova diretriz para manejo farmacológico da DPOC

Durante a realização do congresso da American Thoracic Society (ATS 2022) foi publicada uma nova diretriz para o manejo farmacológico da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que é baseada em seis perguntas PICO. Confira abaixo!

Manejo farmacológico da DPOC

1. Em pacientes com DPOC que apresentam dispneia ou intolerância ao exercício, a combinação LABA/LAMA é mais efetiva e segura do que a monoterapia com LABA ou LAMA?

Recomendação: nesse pacientes ainda sintomáticos, a associação LABA/LAMA parece ser superior à monoterapia (recomendação forte).

2. Em pacientes com DPOC que apresentam dispneia ou intolerância ao exercício com a combinação LABA/LAMA, a terapia com LABA/LAMA/CI é mais efetiva e segura do que a monoterapia com LABA/LAMA?

Recomendação: sim, é sugerida naqueles pacientes com história de uma ou mais exacerbações no último ano com necessidade de antibióticos ou internação (recomendação condicional).

3. Em pacientes com terapia tripla, o corticoide inalatório deve ser suspenso?

Recomendação: sim, caso ele não tenha tido exacerbações no último ano (recomendação condicional).

4. Em pacientes com DPOC e eosinofilia, o tratamento com broncodilatador de longa ação deve incluir corticoide inalatório?

Recomendação: não é feita recomendação a favor ou contra a associação de corticoide inalatório à terapia broncodilatadora, exceto naqueles pacientes exacerbadores (recomendação condicional).

5. Em pacientes com DPOC que possuem histórico de exacerbações frequentes e graves, o uso de corticoide oral de manutenção é recomendado?

Recomendação: contra (recomendação condicional).

6. Em pacientes com DPOC sintomáticos e refratários ao tratamento otimizado, a terapia com opioides é efetiva e segura?

Recomendação: a utilização de opioides nesses casos é sugerida, com decisão compartilhada com o paciente (recomendação condicional).