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Neurologia15 setembro 2023

Tratamento farmacológico do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

Benefícios dos estimulantes (lisdexanfetamina e metilfenidato) no tratamento do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Cellera Farma de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é caracterizado por hiperatividade e impulsividade, por desatenção ou por uma combinação de hiperatividade, impulsividade e desatenção.1 O transtorno é comumente diagnosticado na infância (cerca de 70%) e pode prejudicar a aprendizagem e as funções de vida diária. Os sintomas, se não tratados, persistem até a vida adulta.1

O tratamento do TDAH pode ser farmacológico, não farmacológico ou ambos. Os medicamentos aprovados pelo Food and Drug Administration incluem estimulantes (anfetaminas e metilfenidato) e não estimulantes, como a clonidina.1 Os estimulantes têm sido geralmente recomendados como tratamento farmacológico de primeira linha.1

Tratamento farmacológico do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

Adesão ao tratamento

Em um estudo de revisão sistemática de 2014, utilizando 91 estudos originais, com seguimento de 12 meses, a duração média do tratamento com estimulantes foi de 136 dias em crianças e 230 dias em adultos.2 As maiores taxas de descontinuação da medicação ocorreram em pacientes com idade entre 15 e 21 anos. Os motivos para a interrupção incluíram efeitos colaterais, falta de eficácia percebida e antipatia por tomar medicamentos.2

Eficácia e Efetividade 

Uma metanálise de estudos duplo-cegos em 2018, utilizando 133 ensaios clínicos randomizados e controlados com duração média de 7 semanas, mostrou que os medicamentos aprovados para TDAH foram superiores ao placebo na diminuição da gravidade da desatenção, hiperatividade e impulsividade.3 Os parâmetros utilizados foram eficácia (mudança na gravidade dos sintomas centrais do TDAH com base nas classificações dos professores e médicos que acompanhavam o paciente) e tolerabilidade (proporção de pacientes que abandonaram os estudos devido a efeitos colaterais).3

Durante o uso da medicação, esses estudos mostraram diminuição significativa de desfechos negativos, como lesões físicas não intencionais, acidentes automobilísticos, transtorno por uso de substâncias e atos criminosos, além de melhora no funcionamento acadêmico.3

Efeitos benéficos a longo prazo

Com a intenção de avaliar os efeitos a longo prazo, foi realizado, em 2019, um estudo duplo-cego, randomizado em pacientes que estavam em uso de metilfenidato por 4,5 anos.4

Os resultados foram avaliados utilizando a ADHD Rating Scale (ADHD-RS); a Clinical Global Impressions improvement scale (CGI-I) and the Conners’ Teacher Rating Scale-Revised: Short Form (CTRS-R:S).4

Esses pacientes foram aleatoriamente orientados para continuar ou descontinuar a medicação. A continuação foi associada a um benefício contínuo em relação aos sintomas de TDAH, em comparação com a descontinuação e a mudança para placebo.4

Benefícios da tecnologia OROS

Em 2014, um estudo com crianças e adolescentes comparou a eficácia de tratamento entre pacientes usando o metilfenidato com a tecnologia OROS (sistema oral de liberação osmótica — ou, do inglês, osmotic-controlled release oral delivery system) com pacientes que utilizavam metilfenidato não OROS.5

A Conners Third Edition: Parent Rating Scale foi usada para comparar os sintomas de TDAH nas consultas de seguimento.5 Toda a amostra demonstrou redução dos sintomas de TDAH quando os pacientes trocavam a medicação de não OROS para OROS na mesma dosagem.5

Efeitos colaterais e segurança

Em uma metanálise, o metilfenidato em crianças e adolescentes e as anfetaminas em adultos foram os únicos medicamentos associados a menores taxas de abandono do tratamento por qualquer causa, em comparação com placebo.3

Conclusão

Os medicamentos usados para tratar o TDAH são eficazes na redução da desatenção, hiperatividade e impulsividade quando comparados ao placebo.1

As razões para a descontinuação da medicação pelos pacientes incluem efeitos colaterais, falta de eficácia percebida, antipatia por tomar medicamentos e estigmatização.1

Atualmente, a seleção da medicamentos mais adequados para cada paciente é feita por tentativa e erro. No futuro, a incorporação de biomarcadores e preditores clínicos de resposta e efeitos adversos pode permitir que os médicos adaptem o tratamento às necessidades de pacientes individuais.1

Nos estudos aqui descritos, houve menor taxa de abandono de tratamento com o uso de metilfenidato em crianças e adolescentes.3

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Referências bibliográficas

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