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Neurologia1 julho 2025

Dicas importantes para a prática clínica da neurologia  

Neste texto, o Dr. Philipe Cunha traz algumas dicas sobre pontos importantes que os neurologistas devem se atentar em suas práticas
Por Philipe Cunha

Vamos falar sobre alguns achados na prática clínica da neurologia  que aparecem nos exames de imagem, mas que na verdade não indicam nada sério ou que precise de tratamento:

Calcificações fisiológicas ou benignas  

Da região Pineal, coroide, inter-hemisférica, tálamo: são calcificações comuns que aumentam com a idade. Não se preocupe, isso não é sinal de doença. 

Atrofia cerebral leve  

Leve expansão dos sulcos e ventrículos, que costuma vir com o envelhecimento. Sem sintomas neurológicos, não é nada preocupante.  

Cistos aracnoides pequenos  

Cistos de líquido cerebroespinhal entre as meninges, que geralmente não dão sintomas e permanecem estáveis.  

Hiperdensidade em seios venosos (trombo falso)  

Pode parecer um coágulo, mas na verdade é um artefato causado pelo fluxo de sangue ou posição da cabeça. Caso haja dúvida, o ideal é realizar uma angiorressonância ou angiotomografia venosa.  

Espessamento mucoso de seios paranasais ou mastoides 

Muito comum, especialmente durante resfriados ou alergias. Normalmente, não causa problemas neurológicos e comuns em exames de imagem e sem correlação clínica.  

Lesões hipodensas pequenas (microcistos, glioses)  

São áreas pequenas de alterações no cérebro, que podem ser sequelas de problemas antigos, mas que em geral não causam sintomas.  

Calcificações vasculares  

Aparecem com o envelhecimento das artérias, como nas carótidas ou no cérebro. São comuns em idosos e pessoas com processo de aterosclerose, mas não requerem intervenção neurológica direta na grande maioria dos casos. Provavelmente é a principal descrição em laudos dos exames.  

Alargamento de cisternas ou espaços em crianças  

Pode sugerir hidrocefalia, mas é uma variação normal do desenvolvimento da criança 

Fraturas antigas ou mudanças após cirurgias

Se estiverem estáveis e sem sintomas, não precisam de preocupação no acompanhamento.

Saiba mais: História da medicina e da neurologia: da antiguidade às grandes descobertas 

Lembre-se esses achados, normalmente, não representam problemas graves e não exigem tratamento, mas é sempre importante discutir seus exames com seu médico e avaliar relação com a clínica. 

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Referências bibliográficas

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