- Veia cava inferior;
- Veias supra-hepáticas;
- Veia porta;
- Veias renais interlobares.
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Veia cava inferior (cm) |
Índice de colapsibilidade (%) |
Pressão média no AD (mmHg) |
|
< 1,5 |
100% |
0 a 5 |
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1,5 a 2,5 |
> 50% |
5 a 10 |
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1,5 a 2,5 |
< 50% |
10 a 15 |
|
> 2,5 |
< 50% |
15 a 20 |
|
> 2,5 |
0% |
> 20 |
Qual o padrão normal de fluxo nos vasos hepáticos e renais e como ele se altera na presença de congestão venosa sistêmica?
[caption id="attachment_110516" align="aligncenter" width="600"]
Onda A (contração atrial), S (sístole) e D (diástole). A onda A é positiva, pois se trata de fluxo retrógrado para a veia supra-hepática a partir da contração atrial. A onda S é negativa, pois se deve à tendência de redução de pressão atrial direita pela excursão do anel tricúspide em direção ao ápice cardíaco durante a sístole. A onda D é negativa, pois decorre da abertura da válvula tricúspide durante a diástole, com direcionamento do fluxo sanguíneo do átrio para o ventrículo direito. A pulsatilidade da veia porta > 30% é considerada anormal. Adaptado da referência abaixo.[/caption]
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Protocolo VExUS | |||
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Grau |
Congestão |
VCI | Anormalidade grave no doppler dos vasos esplâncnicos* |
|
0 |
Ausente |
< 2 cm |
Ausentes |
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1 |
Leve |
> 2 cm |
Ausentes |
|
2 |
Moderada |
1 anormalidade | |
|
3 |
Grave |
2 ou mais anormalidades | |
- Reversão da onda S na veia supra-hepática;
- Índice de pulsatilidade superior a 50% na veia porta;
- Padrão de fluxo monofásico na veia renal.
Conclusão e mensagens práticas
- A congestão venosa sistêmica gera repercussões hemodinâmicas retrógradas esperadas na veia cava inferior, veias supra-hepáticas, veia porta e veias renais pelo princípio dos vasos comunicantes.
- A dopplerfluxometria dos vasos hepáticos e renais permite a inferência sobre a presença e gravidade da congestão venosa sistêmica.
- A tomada de decisões quanto à fluidoterapia e diureticoterapia com base em dados ultrassonográficos do protocolo VExUS carece, no momento, de evidência científica mais sólida, sendo uma área profícua para a pesquisa.
Autoria

Leandro Lima
Editor de Clínica Médica da Afya ⦁ Residência em Clínica Médica (2016) e Gastroenterologia (2018) pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) ⦁ Residência em Endoscopia digestiva pelo HU-UFJF (2019) ⦁ Preceptor do Serviço de Medicina Interna do HU-UFJF (2019) ⦁ Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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