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O estudo CLEAR Wisdom apresentado há pouco na ACC 2019 tentou resolver se há alternativa viável às estatinas nos pacientes de alto risco cardiovascular. Muitos pacientes simplesmente não toleram os efeitos adversos das estatinas ou mesmo com doses plenas não apresentam queda satisfatória dos níveis de LDL colesterol (LDL-c).
O ácido bempedoico atua na inibição da enzima ATP-citrato liase, o que aumenta a disponibilidade de receptores para LDL-c na superfície hepática. O objetivo do estudo CLEAR foi avaliar a redução do LDL-c após 12 semanas de tratamento com 180 mg de ácido bempedoico por dia. Foram avaliados também os perfis lipídico e inflamatório e efeitos adversos em 24 semanas.
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Foram selecionados 779 pacientes randomizados para receber ácido bempedoico ou placebo. O LDL-c médio de admissão era 122 mg/dL e PCRus de 1.9 mg/dL. Após 12 semanas, houve redução de 17.4% dos níveis de LDL-c (p <0.001). A queda da PCRus foi de 9,4%. Não houve relato de efeitos adversos. Há uma nova alternativa para pacientes de alto risco cardiovascular, incluindo diabéticos seja para uso individual ou associado às estatinas ou outras drogas hipolipemiantes para redução do LDL-c.
Apesar das evidências positivas do estudo, ainda é cedo para falar de substituição das estatinas, pois estes fármacos têm grande benefício na redução da mortalidade. Novos estudos devem ser aplicados para avaliar se o novo medicamento também terá estes benefícios. A opção dele, por enquanto, é nos paciente que, de qualquer forma, não toleram estatina. Lembrando que além do ácido bempedoico, temos a ezetimiba e os inibidores da PCSK9.
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