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No paciente com ICFER avançada e sintomática, apesar do tratamento clínico otimizado, alguns dispositivos mecânicos podem ajudar a aumentar a sobrevida. O CDI, por exemplo, reduz o risco de morte súbita, ao passo que o ressincronizador melhora o prognóstico dos pacientes com BRE e QRS > 120 ms. Contudo, nos pacientes com IM grave secundária à IC (isto é, a doença valvar não era causa, mas sim consequência da IC), havia dúvida se uma cirurgia de plastia mitral valia o risco.
O Mitraclip é um dispositivo de implante hemodinâmico que se propõe a reduzir a regurgitação, levando à melhora da IC. Os dois primeiros grandes estudos nesse assunto, o MITRA-FR e o COAPT foram publicados no fim de 2018 e comentados por nosso colunista especialista em hemodinâmica, Dr Felipe Maia. De modo resumido, o COAPT, mas não o MITRA-FR, mostrou melhora da IC e redução de mortalidade em dois anos. A grande diferença foi que o COAPT captou pacientes com medicação mais otimizada, IM mais grave porém com VE não tão dilatado, o que poderia explicar a diferença dos resultados.
Leia mais: MitraClip versus tratamento clínico na IM grave de alto risco cirúrgico
Agora no ACC 2019, foram apresentados resultados da melhora clínica e de qualidade de vida, mostrando que o dispositivo não só aumenta a sobrevida dos pacientes, como faz a vida deles melhor, seja por redução da dispneia, do humor e até melhora da sensação de saúde como um todo. Qual a mensagem para casa? Assim como no estudo de TAVI, o Mitraclip chega com força e para uso na vida real.
ACC 2019: cobertura PEBMED
Neste final de semana, a PEBMED vai trazer as principais notícias do congresso do American College of Cardiology, fique ligado em nosso Portal!
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Referências:
- STONE. Gregg et al. Transcatheter Mitral-Valve Repair in Patients with Heart Failure. N Engl J Med 2018; 379:2307-2318. DOI: 10.1056/NEJMoa1806640
- OBADIA, Jean-François. Percutaneous Repair or Medical Treatment for Secondary Mitral Regurgitation. N Engl J Med 2018; 379:2297-2306. DOI: 10.1056/NEJMoa1805374
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