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Há dois anos, o sacubitril/valsartana foi incorporado como novo tratamento ambulatorial da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER). O estudo original mostrou redução de mortalidade quando comparado à droga padrão, o enalapril. Em 2019, um desdobramento desse estudo avaliou especificamente pacientes internados descompensados pela IC. O PIONEER-HF foi tema de debate no congresso do American College of Cardiology este sábado (16).
Sacubitril na IC descompensada
Foram recrutados 881 participantes, randomizados para dois grupos: enalapril versus sacubitril/valsartana. Um aspecto importante é que só pacientes com IC conhecida há mais de 6 meses participaram, não havendo pacientes com IC aguda nova. No protocolo, as drogas só poderiam ser feitas se PAS > 100 mmHg, sem aminas ou nitrato venoso e com dose de diurético estável, ou seja, só quando o paciente estivesse estabilizado.
Os resultados mostraram que houve redução maior do BNP no grupo sacubitril, além de um menor risco de hospitalização. Não houve diferença na mortalidade, mas o estudo não tinha poder estatístico suficiente para isso. Seu objetivo eram métricas intermediárias, no caso do NTproBNP.
Qual a mensagem do estudo?
Num cenário próximo, o sacubitril deve ocupar o mesmo espaço hoje de iECA e BRA: assim que a IC estabilizar, havendo boa PA e função renal, ele será a primeira escolha, seja próximo da alta ou no ambulatório.
ACC 2019: cobertura PEBMED
Neste final de semana, a PEBMED vai trazer as principais notícias do congresso do American College of Cardiology, fique ligado em nosso Portal!
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Referências:
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