No primeiro dia do 41st International Symposium on Intensive Care and Emergency Medicine (ISICEM 2022), uma das sessões de neurointensivismo trouxe aspectos práticos do manejo da hemorragia subracnoidea (HSA).
Nomes como Fabio Taccone (Bélgica) e Giuseppe Citerio (Itália) estavam na discussão.
Manejo precoce da HSA
A Dra. Soojin Park, da Columbia University, abordou importantes aspectos relacionados ao manejo precoce da HSA.
- Uma TC crânio negativa e um líquo negativo podem excluir HSA na apresentação aguda;
- Na dúvida, obtenha um exame angiográfico;
- Aneurisma é a principal causa de hemorragia subaracnoidea;
- No entanto, existem causas emergentes: PRES, dissecção, coagulopatia;
- Controle a pressão arterial, mas mantenha a pressão de perfusão cerebral;
- Antes do tratamento adequado do aneurisma: PAS < 160 mmHg (guideline americano) ou PAS < 180 mmHg (guideline europeu).
- Previna ressangramento (pressão transmural, antifibrinolíticos);
- Representado por piora clínica aguda com nova hemorragia à TC;
- Maior risco nas primeiras 24h, especialmente nas primeiras 6h;
- Prováveis preditores: gravidade clínica, diâmetro do aneurisma, pressão arterial inicial elevada, período prolongado a partir do ictus.
- Espaço para antifibrinolíticos (ex: transamin)? Sem evidência de melhora nos desfechos (ULTRA trial).
- Garanta um manejo adequado da hidrocefalia;
- Hidrocefalia diagnosticada por TC com hemoventrículo (3º e 4º ventrículos): derivação ventricular externa;
- Hidrocefalia sintomática em pacientes sem sedação sem hemoventrículo (3º e 4º): considere punção lombar;
- Hidrocefalia diagnosticada por TC em pacientes sedados sem hemoventrículo (3º e 4º): considere drenagem lombar.
- Boa parte dos guidelines são concordantes, exceto o americano que é bem mais agressiva (ex.: nível de controle pressórico antes do tratamento do aneurisma);
- Transfira para um centro com maior volume ou especializado.
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