Começou, hoje, o 41st International Symposium on Intensive Care and Emergency Medicine (ISICEM 2022) e estamos acompanhando os principais temas do evento.
Uma das palestras do dia foi apresentada pelos autores do estudo ANDROMEDA-SHOCK, de 2019, Jan Bakker e Maurizio Cecconi. Eles discutiram um caso clínico sobre como examinar um paciente com choque, tema onde são referência.
Abordagem do paciente com choque
Entre os principais pontos, os autores destacaram:
- Ver, tocar e conversar são as três ferramentas que resolvem 80% dos diagnósticos clínicos;
- Sinais clínicos de problemas na distribuição de oxigênio são: alterações nas frequências respiratória e cardíaca, pressão arterial e débito urinário.
Eles sugerem a abordagem clássica do ABCDE para exame, por um tempo não maior que cinco minutos. A sigla vem do inglês:
- Airway and oxigenation: via aérea e oxigenação.
- Breathing and ventilation: respiração e ventilação.
- Circulation and management of shock: circulação e tratamento do choque.
- Disability due to neurological deterioration: incapacidade por deterioração neurológica.
- Exposure and examination: exposição e exame.
Se o paciente estiver quente e hipotenso, o prognóstico é melhor do que se estiver frio e normotenso. Este fato serviu de base para a pesquisa do tempo de perfusão capilar periférica (PCP) no Andrômeda.
As reavaliações clínicas frequentes são importantes para o manejo do paciente em choque. Pode-se considerar PCP de 30/30 minutos e lactato 2/2 horas.
É importante considerar a norepinefrina antes da intubação para alguns pacientes críticos, mesmo se você tiver apenas uma linha periférica. Isso pode evitar uma PCR na intubação orotraqueal (IOT).
Estamos acompanhando o ISICEM 2022. Fique ligado no Portal e também em nossa cobertura no Twitter.
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