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Terapia Intensiva3 junho 2022

Fórum de Sepse 2022: qual quantidade de fluidos deve ser infundida na reanimação inicial?

No Fórum de Sepse 2022, uma palestra discutiu a indicação de quantidade de fluidos para reanimação inicial na sepse.

A reposição de fluidos é uma das intervenções mais frequentes na Unidade de terapia intensiva (UTI) e a primeira a ser realizada no paciente em choque. Embora haja um consenso sobre a necessidade da administração de fluidos, há pouca informação que sustente o ideal a ser infundido. A Sepsis Surviving Campaign (SSC) de 2021 mantem a sugestão de 30 mg/kg de solução cristaloide por via endovenosa nas primeiras três horas.

No XVIII Fórum Internacional de Sepse, realizado pelo Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS) contamos com a participação da Dra. Sheila Myatra, do Tata Memorial Hospital em Mumbai, Índia, Presidente da Sociedade Indiana de Medicina de Cuidados Intensivos (ISCCM) e Presidente da Seção de Cuidados Intensivos da Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas (WFSA).

Em sua apresentação, a Dra. Sheila comentou sobre a quantidade ideal de fluidos que deve ser infundida na reanimação inicial do paciente séptico e, apesar de reforçar a indicação da SSC 2021 de 30 mL/kg, respalda que o cuidado deve ser individualizado para cada paciente, sempre que possível e, caso o choque persista após a reanimação inicial, devemos reavaliar a resposta do paciente à infusão de fluidos com os métodos disponíveis antes de infundir mais volume.

Mensagem prática

A fluidoterapia imediata deve ser a primeira linha de ressuscitação do paciente com choque séptico e para pacientes com hipoperfusão induzida pela sepse a infusão de 30 mL/kg de cristaloide endovenoso pode ser benéfica para a maioria dos pacientes, mas devemos individualizar a conduta e usar de métodos para avaliação complementar da fluidorresponsividade sempre que disponíveis.

Autoria

Foto de Rafael Horácio Lisbôa

Rafael Horácio Lisbôa

Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Base do Distrito Federal ⦁ Especialização em Gestão em saúde pelo Instituto Israelita Albert Einstein ⦁ Graduação em Medicina pelas Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central ⦁ Gerente de Medicina interna do Hospital de Base do Distrito Federal (Brasília-DF), onde foi preceptor do programa de Residência Médica em Clínica Médica enquanto esteve na assistência

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