A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (13/09) que pré-qualificou a primeira vacina contra mpox. A vacina MVA-BN é fabricada pela Bavarian Nordic e pode ser utilizada em pessoas acima de 18 anos, em duas doses (4 semanas entre a primeira e segunda doses).
A pré-qualificação por parte da OMS é um instrumento para facilitar e agilizar o acesso ao instrumento de prevenção por parte das comunidades com maior necessidade. De acordo com o órgão a classificação “baseia-se na revisão de um conjunto completo de dados de qualidade, segurança e eficácia de produtos médicos, incluindo plano de gerenciamento de riscos e adequabilidade programática.
Para o Diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom, “Esta primeira pré-qualificação de uma vacina contra a mpox é um passo importante na nossa luta contra a doença, tanto no contexto dos atuais surtos em África, como no futuro. Agora precisamos de um aumento urgente nas compras, doações e distribuição para garantir o acesso equitativo às vacinas onde elas são mais necessárias, juntamente com outras ferramentas de saúde pública, para prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas”. A OMS espera receber 620.000 doses este mês para utilização nos países mais afetados pela emergência atual.
A vacina, também chamada de Jynneos, teve em agosto de 2024, seu uso de autorização excepcional renovado em território brasileiro pela Anvisa para combater a alta nos casos de mpox, desse modo a agência permite que o Ministério da Saúde importe a vacina sem que seja necessário aguardar pelo registro oficial.
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Efetividade e uso da vacina contra mpox
Os dados que embasaram a decisão foram revisados pela agência regulatória europeia, European Medicines Agency (EMA), e demonstraram eficácia de 76% na proteção contra mpox com apenas uma dose e 82% com as duas doses, esses valores são referentes a pessoas não expostas a mpox, a vacinação após exposição tem efetividade reduzida.
Em casos de surtos com restrições de fornecimento a OMS recomenda a vacinação em dose única. Além disso, ainda que a utilização desta vacina na população menor de 18 anos não esteja aprovada, o Strategic Advisory Group of Experts (SAGE) da OMS, após revisar todas as evidências disponíveis recomenda que, em casos de surtos, quando os benefício forem maiores que os riscos, que a vacinação seja usada off-label nessa população.
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Autoria
Augusto Coutinho
Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).
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