Foi detectada no Brasil uma nova linhagem do vírus Sars-CoV-2, pertencente à variante Omicron. Batizada como XEC, a linhagem foi identificada no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. O primeiro registro ocorreu em setembro, em dois pacientes da capital fluminense, pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As informações foram enviadas ao Ministério da Saúde e as sequências genéticas foram depositadas na plataforma Gisaid.
A XEC foi classificada pela OMS como uma “variante sob monitoramento” em setembro, após sinais de maior transmissibilidade, especialmente observados na Alemanha. A linhagem já foi detectada em 35 países, com mais de 2,4 mil sequências genéticas catalogadas.
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Variantes do SARS-CoV-2 no país
Apesar da detecção da XEC, a linhagem JN.1 ainda predomina no Brasil. Segundo especialistas, para um melhor panorama nacional da variante, ainda é necessário avaliar seu comportamento, além de reforçar a vigilância genômica no país, que tem enfraquecido, para acompanhar o impacto da XEC e de possíveis novas linhagens.
A XEC
Análises indicam que a XEC surgiu pela recombinação genética entre cepas que circulavam anteriormente. O fenômeno ocorre quando um indivíduo é infectado por duas linhagens virais diferentes simultaneamente. Nesta situação, pode ocorrer a mistura dos genomas dos dois patógenos durante o processo de replicação viral. O genoma da XEC apresenta trechos dos genomas das linhagens KS.1.1 e KP.3.3. Além disso, a linhagem apresenta mutações adicionais que podem conferir vantagens para a sua disseminação.
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