Estudo sugere persistência do SARS-CoV-2 em crianças
Estudo mostrou que o SARS-CoV-2 pode infectar amígdalas, adenoides e secreções de crianças sem histórico de infecção das vias respiratórias superiores. E ainda, sem apresentar os sintomas normalmente relacionados com a covid-19.
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Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP) da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) avaliaram 48 crianças, entre 3 e 11 anos, que passaram por tonsilectomia entre outubro de 2020 e setembro de 2021. Eles detectaram o SARS-CoV-2 de pelo menos uma variante em 27% dos pacientes.
Achados
Exames imuno-histoquímicos revelaram a presença da nucleoproteína viral na superfície epitelial e células linfoides. Tanto nas regiões extrafoliculares quanto nas foliculares das amígdalas e adenoides. Os exames realizados também apontaram a presença de material de replicação viral em 53,8% dos tecidos infectados por SARS-CoV-2
Relevância do estudo
Para os autores, os achados do estudo trazem um acréscimo importante sobre a patogênese do SARS-CoV-2, demonstrando que as tonsilas podem ser locais de infecção prolongada, permitindo a persistência do vírus.
Além disso, a presença do RNA viral nas secreções respiratórias de crianças com essa infecção silenciosa pode ser uma importante fonte para circulação do vírus em escolas e dentro de casa. Gerando também questões acerca de confusões diagnósticas quando da ocorrência de sintomas gerados por infecções respiratórias de outras fontes.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
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