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Saúde21 maio 2024

Estudo sugere persistência do SARS-CoV-2 em crianças 

Análise realizada sobre tecidos tonsilares de pacientes menores de 11 anos revelou a presença silenciosa do SARS-CoV-2  

Estudo mostrou que o SARS-CoV-2 pode infectar amígdalas, adenoides e secreções de crianças sem histórico de infecção das vias respiratórias superiores. E ainda, sem apresentar os sintomas normalmente relacionados com a covid-19.  

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Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP) da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) avaliaram 48 crianças, entre 3 e 11 anos, que passaram por tonsilectomia entre outubro de 2020 e setembro de 2021. Eles detectaram o SARS-CoV-2 de pelo menos uma variante em 27% dos pacientes. 

Estudo sugere persistência do SARS-CoV-2 em crianças 

Achados 

Exames imuno-histoquímicos revelaram a presença da nucleoproteína viral na superfície epitelial e células linfoides. Tanto nas regiões extrafoliculares quanto nas foliculares das amígdalas e adenoides. Os exames realizados também apontaram a presença de material de replicação viral em 53,8% dos tecidos infectados por SARS-CoV-2 

Relevância do estudo

Para os autores, os achados do estudo trazem um acréscimo importante sobre a patogênese do SARS-CoV-2, demonstrando que as tonsilas podem ser locais de infecção prolongada, permitindo a persistência do vírus. 

Além disso, a presença do RNA viral nas secreções respiratórias de crianças com essa infecção silenciosa pode ser uma importante fonte para circulação do vírus em escolas e dentro de casa. Gerando também questões acerca de confusões diagnósticas quando da ocorrência de sintomas gerados por infecções respiratórias de outras fontes. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya. 

Autoria

Foto de Augusto Coutinho

Augusto Coutinho

Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).

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