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Ortopedia27 setembro 2024

Qual é o melhor tratamento para fraturas osteoporóticas vertebrais em idosos?

Estudo recente tem como objetivo avaliar e comparar as diferentes opções de tratamento conservador para pacientes com VCF aguda.  

As fraturas vertebrais osteoporóticas por compressão são muito comuns e acontecem em homens e mulheres após os 50 anos. Apesar da grande maioria ser assintomática, os casos dolorosos levam à redução de mobilidade e de qualidade de vida. Dessa maneira, o controle da dor é essencial para restaurar a função desses pacientes.   

Alguns estudos demonstram resultados de acordo com o tratamento conservador com anti-inflamatórios (AINEs), analgésicos e opioides, agentes antiabsortivos como bifosfonados e calcitonina e agentes osteoanabólicos como teriparatide, além de outros abordarem as vertebroplastias e cifoplastias. As técnicas cirúrgicas se mostraram então inferiores com relação ao tratamento conservador. 

 

O ESTUDO  

O fato é que há poucos dados de comparação entre as táticas conservadoras e não há definição sobre o que seria mais benéfico aos pacientes. Assim, foi publicado recentemente no “Journal of the American Medical Association – JAMA” um estudo com o objetivo de avaliar e comparar as diferentes opções de tratamento conservador no tratamento da dor aguda relacionada às fraturas vertebrais osteoporóticas por compressão (VCF).  

O estudo foi uma revisão sistemática realizada nos bancos de dados PubMed, Embase, Scopus e CINAHL após 1996. Para a inclusão, o tratamento conservador deveria ser comparado com outro tratamento conservador, placebo ou com nenhum tratamento. Os desfechos primários avaliados foram dor de curto prazo (4 semanas) durante atividade e dor não especificada de longo prazo (última avaliação disponível) em pacientes com VCF aguda.  

O estudo incluiu 20 ensaios, abrangendo 2102 pacientes, e avaliou várias intervenções para o gerenciamento de VCF. Calcitonina (diferença média padronizada [SMD], −4,86; IC de 95%, −6,87 a −2,86) e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs; SMD, −3,94; IC de 95%, −7,30 a −0,58) foram benéficos em relação à dor de curto prazo durante a atividade em comparação com placebo. Para o gerenciamento de dor não específica de longo prazo, os bifosfonatos foram associados a resultados de dor inferiores em comparação com a administração diária (SMD, 1,21; IC de 95%, 0,11 a 2,31) ou semanal (SMD, 1,13; IC de 95%, 0,05 a 2,21) de teriparatida, com nenhum tratamento sendo superior aos AINEs.  

Veja mais: Dor neuropática após tratamento cirúrgico de fraturas do rádio distal – Portal Afya

 

CONCLUSÃO  

O estudo sugeriu o uso dos AINEs e teriparatida para o tratamento inicial desses pacientes. Houve limitação de evidência quanto ao uso de analgésicos e “braces”, que certamente respondem por menos efeitos colaterais. Visto isso, é interessante a avaliação dessas modalidades em estudos futuros.

 

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