Logotipo Afya
Anúncio
Ortopedia22 julho 2024

Há vantagem na fixação minimamente invasiva das fraturas de rádio distal?

Estudo com 81 pacientes com fratura de rádio distal comparou os resultados após uso da técnica MIPO com a técnica convencional.

As fraturas do terço distal do rádio são extremamente frequentes e tem picos de incidência em crianças e adultos jovens e idosos. O tratamento varia de acordo com o tipo de fratura podendo ser conservador ou cirúrgico com uso de fios de Kirschner ou placas bloqueadas volares. Ultimamente as placas vêm sendo bastante utilizadas por permitirem uma reabilitação mais precoce. 

Mais recentemente, a técnica de utilização de placa minimamente invasiva (MIPO) vem ganhando adeptos com a possível vantagem de menor desperiostização do rádio e menor dano a partes moles. Diante disso, foi publicado no último mês na “Revista Iberoamericana de Cirugia de la mano” um estudo com o objetivo de comparar as técnicas convencional e MIPO quanto a parâmetros radiográficos, clínicos e funcionais. 

radio-distal

Métodos do estudo

Foram incluídos no estudo 81 pacientes com fratura de rádio distal classificadas como Fernández I, II ou III operados em 2021 em um hospital espanhol. Foram excluídos pacientes pediátricos, Fernandez IV ou V, fraturas concomitantes no mesmo membro, bilaterais, altamente cominuídas ou com uso de outro material de síntese. Foram realizadas avaliações radiográficas, de dor, funcionais, de arco de movimento, força de preensão e complicações. 

O grupo MIPO foi composto por 21 pacientes (8 homens e 13 mulheres) com idade média de 57,3 anos, e o grupo convencional, 60 pacientes (11 homens e 49 mulheres) com idade média de 60,8 anos. A Escala Radiológica de Castaing mostrou resultado geral favorável para a técnica MIPO em comparação com a técnica convencional (p=0,049), com significância estatística para o grupo MIPO em termos de inclinação sagital/volar (10,5 vs. 7,3°; p=0,0006).  

Resultados

A Escala Visual Analógica (VAS) obteve resultado de 1,5 para a técnica MIPO e de 2,9 para a técnica convencional (p=0,0141). A pontuação no Quick DASH foi ligeiramente maior no grupo MIPO (13,5%) em comparação com o grupo convencional (19,6%), mas não foi estatisticamente significativo. Resultados semelhantes foram encontrados para amplitude de movimento (ADM), exceto pronação e força de preensão, que foram favoráveis ​​ao grupo MIPO. Complicações, incluindo lesão nervosa, dor crônica, lesão tendinosa e sequelas estéticas, foram maiores em porcentagem com a técnica convencional. 

Conclusão 

O estudo sugeriu que através de uma abordagem biológica, podem-se alcançar resultados funcionais pelo menos tão bons quanto aqueles alcançado com a técnica convencional, com melhores resultados radiológicos, menores níveis de dor pós-operatória, menor índice de complicações e melhores resultados estéticos. É sempre importante lembrar que a redução na técnica MIPO é possível apenas em fraturas pouco desviadas e cominuídas. 

 

Anúncio

Assine nossa newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Ao assinar a newsletter, você está de acordo com a Política de Privacidade.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Referências bibliográficas

Compartilhar artigo