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Ortopedia6 fevereiro 2023

Dor neuropática após tratamento cirúrgico de fraturas do rádio distal

As fraturas do rádio distal são as mais comuns do membro superior, podendo tanto ser causadas por traumas tanto de alta quanto baixa energia.

O tratamento cirúrgico para fraturas do rádio distal é indicado nos casos instáveis ou irredutíveis, sendo a redução aberta e fixação interna com placa bloqueada volar a principal opção de síntese na atualidade.

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A dor crônica pós-operatória (DCPO) pode afetar os pacientes submetidos a esse procedimento, afetando sua capacidade laboral e qualidade de vida. A DCPO é definida como ocorrendo após procedimento cirúrgico com pelo menos dois meses de duração, não estando relacionado com a dor pré-existente à cirurgia e sem outras etiologias determinadas.

Dor neuropática após tratamento cirúrgico de fraturas do rádio distal

O estudo

Foi publicado recentemente na Revista Brasileira de Ortopedia um estudo com o objetivo de avaliar a prevalência de dor persistente no pós-operatório de fratura da extremidade distal do rádio, assim como detectar precocemente sinais de dor neuropática, com o intuito de desenvolver protocolos de prevenção da DCPO.

Foram avaliados de forma prospectiva 56 pacientes com fraturas de radio distal operados com redução aberta e fixação interna com placa volar no período de março a setembro de 2020 em um hospital em São Paulo. Os pacientes foram tratados a avaliação de dor neuropática e capacidade funcional através dos questionários Douleur Neuropathique 4 (DN4) e Quick DASH.

Foram incluídos no presente estudo 43 pacientes, com idades entre 18 e 66 anos; 39,5% dos participantes apresentaram pontuação maior do que 4 no Questionário Douleur neuropathique 4 (DN4). Em relação ao Quick-DASH, a média foi de 38,6. Não houve diferença estatística significativa entre o sexo do paciente e o valor do DN4 (p=0,921). Também não foi encontrada correlação estatística entre as variáveis quantitativas DN4 e Quick-DASH (p=,061).

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Conclusão

De acordo com o estudo, a prevalência de dor neuropática em pacientes pós-operatórios analisados foi significativa e a presença de sinais e sintomas de dor neuropática foi fator preditivo positivo para a persistência da dor além de dois meses em 100% dos casos. Assim, com o diagnóstico precoce do componente neuropático de dor, é possível obter o controle adequado da dor, impedindo sua cronificação e garantindo uma melhor reabilitação.

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Referências bibliográficas

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