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Ginecologia e Obstetrícia19 abril 2023

Consumo de álcool e o risco de leiomioma uterino

O leiomioma uterino é um tumor benigno com grande prevalência nas mulheres em todo o mundo.

Conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento do leiomioma uterino e os fatores protetores são essenciais para prestarmos uma boa assistência às mulheres.

Leia também: Nenhum nível de consumo de álcool é seguro

Em abril de 2023, foi publicado um artigo no American Journal of Obstetrics & Gynecology com o objetivo de investigar a associação entre o consumo de álcool e o risco de início de leiomioma uterino (LU) em mulheres coreanas em idade reprodutiva precoce.

Consumo de álcool e o risco de leiomioma uterino

Métodos

Os pesquisadores realizaram um estudo de coorte retrospectivo de base populacional em todo o país, usando o banco de dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia (K-NHIS).

Resultados

Os resultados encontrados pelos autores foram os seguintes:

  • Cerca de 6,1% das mulheres com idade entre 20 e 39 anos foram diagnosticadas com LU após uma média de 4,3 anos.
  • O consumo de álcool foi associado a um aumento da incidência de LU de 12 a 16% (HR 1,12, IC 95% 1,11–1,14 para bebedores leves a moderados; HR 1,16, IC 95% 1,12–1,20 para bebedores pesados).
  • Beber um ou mais dias por semana foi associado a um risco aumentado de LU (HR 1,11, IC 95% 1,10–1,12 para beber 1 dia/semana; HR 1,15, IC 95% 1,12–1,17 para beber ≥ 3 dias/semana), e a associação aumentou proporcionalmente à quantidade de álcool consumida por sessão de bebida (HR 1,17, IC 95% 1,15–1,19 para ≥ 7 copos/sessão de bebida).
  • As mulheres que também relataram consumo de álcool no questionário aplicado dois anos depois (bebedoras ininterruptas) exibiram um risco 20% maior de LU (HR 1,20, IC 95% 1,17–1,22) em comparação com mulheres que responderam que não bebiam álcool em ambos os momentos (não bebedores continuadas).
  • Nas mulheres que pararam de beber, o risco foi de 3% (HR 1,03, IC 95% 1,01–1,06), enquanto nas mulheres que começaram a beber, o risco foi de 14% (HR1,14, IC 95% 1,11–1,16).

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Conclusão

Após analisar os resultados, os autores concluíram que o hábito de beber álcool, a quantidade de álcool consumida por sessão de bebida e o consumo prolongado por mais de dois anos foram significativamente associados ao risco de LU, e evitar ou interromper o consumo de álcool pode reduzir o risco de LU em mulheres em idade reprodutiva precoce.

Mensagem prática

Vale ressaltar que esse estudo foi realizado apenas com mulheres coreanas, podendo ter um viés devido a etnia das pacientes.

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Referências bibliográficas

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