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Oncologia18 setembro 2024

ESMO 2024: Melanoma e outros tumores de pele

A sessão ocorrida durante o congresso ESMO 2024 apresentou três estudos relevantes sobre o assunto para especialistas.
Por Lethícia Prado

Durante o congresso da European Society of Medical Oncology, uma sessão foi dedicada a tratar dos tumores de pele.

Estudos apresentados

EORTC 1208 Minitub trial

O primeiro estudo apresentado nessa seção, que aconteceu no dia 14/09 no Salamanca Auditorium foi Primary analysis of the EORTC 1208 Minitub trial: Prospective registry of sentinel node (SN) positive melanoma patients with minimal SN tumor burden, pelo dr. Alexander van Akkooi, de Wollstonecraft, Australia. 

Esse trabalho teve como objetivo avaliar prospectivamente desfechos de pacientes com mínimo tumor burden em SN que foram manejados sem dissecção linfonodal completa e, embora não tenha atingido seu end point primário (intervalo livre de metástase à distância) concluiu que os pacientes com EIIIA  e tumor burden mínimo apresentaram bons desfechos, com apenas 8% com metástases à distância em cinco anos.

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KEYMAKER-Uo2

Na sequência, dr. Alexander Menzies apresentou KEYMAKER-U02 substudy 02C: Neoadjuvant pembrolizumab (pembro) and investigational agents followed by adjuvant pembro for stage IIIB-D melanoma. 

Levando-se em consideração os já conhecidos benefícios com o uso de imunoterapia nesse cenário, esse trabalho teve como objetivo explorar novas opções de tratamento, avaliando em 6 braços de tratamento a utilização de pembrolizumabe neoadjuvante seguido de adjuvância com vibostolimab, gebasaxturev, MK-4830, favezelimab, ATRA ou pembro.  

Esse estudo mostrou taxas numericamente melhores de resposta patológica major na coformulação de pembrolizumabe com favezelimab, porém com pCR de 40% com pembrolizumabe isolado e 28-42% nas combinações.   

Os dados de Long-term survival with neoadjuvant therapy in melanoma: Updated pooled analysis from the International Neoadjuvant Melanoma Consortium (INMC) foram apresentados pela Dra. Georgina Long, de Sydney.  

Essa análise trouxe como conclusão que a terapia neoadjuvante é o standard of care em pacientes com melanoma EIII, com melhores resultados atingidos com combinação de ICI.  Nessa avaliação, não houve benefício na adição de BRAF/MEK a ICI. 

Escute o podcast de resumo do congresso ESMO 2024.

NADINA trial

Ao final, Dra. Minke Lucas apresentou Distant metastasis-free survival of neoadjuvant nivolumab plus ipilimumab versus adjuvant nivolumab in resectable, macroscopic stage III melanoma: The NADINA Trial. 

NADINA Trial havia demonstrado previamente uma estimativa em 12 meses de EFS de 83,7% no braço que recebeu nivolumabe/ipilimumabe neoadjuvante vs 57,2% no braço de nivolumabe adjuvante. 

Após um follow up de 15,4 meses, o benefício da combinação de nivo/ipi neoadjuvante se manteve consistente com a estimativa prévia, com HR= 0,32, com impacto também em sobrevida livre de metástases à distância, com Hazard ratio de 0,37.  

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Conclusão e mensagem prática

O estudo conclui que nivolumabe associado a ipilimumabe neoadjuvante é superior a nivolumabe adjuvante, com taxa de MPR de 60,8%. 

 

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Referências bibliográficas

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