Provavelmente você já se deparou com assuntos relacionados à dieta do mediterrâneo. Isso porque o padrão alimentar mediterrâneo é considerado um dos padrões alimentares mais saudáveis do mundo e cientificamente aceito para ajudar a preservar a saúde humana.
A dieta mediterrânea tem sido estudada por décadas e muitas pesquisas demonstram uma forte relação entre adesão à dieta e o menor desenvolvimento de algumas doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares (DCV), diabetes mellitus e câncer.
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Afinal, o que é a Dieta do Mediterrâneo?
Podemos dizer que a Dieta do Mediterrâneo é caracterizada por uma alimentação “plant-based”, com quantidades pequenas a moderadas de fontes de alimentos de origem animal. Logo, é predominante um elevado consumo de frutas, legumes, verduras, pães, cereais integrais, batatas, leguminosas, nozes e sementes. Produtos lácteos, como queijo e iogurte, peixes, mariscos e aves são consumidos em quantidades baixas a moderadas, enquanto o consumo de carne vermelha e processada é muito baixo. Já os ovos são consumidos até quatro vezes por semana.
A necessidade de sal e gordura para fins aromáticos também é reduzida pelo amplo uso de ervas e especiarias. Vinho e/ou outras bebidas fermentadas são consumidas em quantidades baixas a moderadas, acompanhando as refeições. Finalmente, o uso do azeite é uma característica comum como principal fonte de gordura, principalmente com ácidos graxos monoinsaturados.
No seu conjunto, esta dieta se sobressai por ser pobre em ácidos graxos saturados e fornecer grandes quantidades de antioxidantes, carboidratos e fibras, sobretudo, um elevado teor de ácidos graxos monoinsaturados e ômega-3.
Pesquisas investigam relação com DCV
Considerando esses aspectos, o possível efeito protetor da dieta mediterrânea nas doenças cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco tem sido um tema de constante interesse. A maioria dos estudos sobre prevenção primária de DCV relatam uma associação inversa, estatisticamente significativa, entre a dieta do mediterrâneo e a incidência dessas doenças.
Os resultados das pesquisas também mostram a associação dessa dieta com a diminuição dos fatores de risco para DCV. Ademais, em um recente artigo de revisão crítica, essa dieta foi reconhecida como um padrão alimentar que passou pela avaliação mais abrangente, repetida e internacional de seus efeitos cardiovasculares em comparação com outros padrões alimentares.
Mensagem Final
O efeito sinérgico das características nutricionais da Dieta do Mediterrâneo proporciona efeitos protetores cardiovasculares. Ela tem um impacto direto nos parâmetros envolvidos na gênese das doenças cardiovasculares, incluindo o estresse oxidativo, o perfil de lipídios/lipoproteínas plasmáticos, a função vascular, os marcadores inflamatórios, a resposta glicêmica e os componentes da síndrome metabólica.
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