A Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), entidade criada em 2010 e formada por empresas do setor de medicina diagnóstica, publicou a quarta edição de seu painel anual dedicado ao setor.
Com capítulos abrangentes, que abordam dados e indicadores populacionais, econômicos, do mercado de saúde suplementar, covid-19, além do setor de medicina diagnóstica propriamente dito, o painel traça uma perspectiva profunda e acurada sobre uma das áreas da cadeia de saúde que mais cresce no País.
O setor de medicina diagnóstica
Levando-se em consideração que cerca de 70% das decisões médicas são tomadas utilizando como base os resultados de exames complementares, esse setor contribui decisivamente para uma adequada prestação de serviços à saúde da população.
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A medicina diagnóstica possui um amplo espectro de atividades, que englobam algumas especialidades médicas, como a patologia clínica/medicina laboratorial, anatomia patológica, genética, radiologia e diagnóstico por imagem e medicina nuclear, por exemplo.
Segundo dados da publicação, com base em informações extraídas de fontes governamentais ao final de junho/21, o Brasil possui um total de 26.545 unidades de serviço de apoio de diagnose e terapia (SADT). Entretanto, a distribuição delas é desigual entre as regiões, devido, notadamente, à disponibilidade de serviços de saúde, condições socioeconômicas e fatores demográficos.
Apresentando o maior número de unidades de SADT, a região Sudeste responde por cerca de 42,0% delas (n= 11.209), seguida pela região Sul com 25,2% (n= 6.699), Nordeste com 18,1% (n= 4.803), Centro-Oeste representando 9,4% (n= 2.498) e Norte com 5,0% (n= 1.336).
Todavia, quando comparamos o ritmo de crescimento relativo dessas unidades nos últimos 10 anos pesquisados, a região Norte ocupa a primeira posição, apresentando um incremento de 65,8%, seguida pela região Sul (62,4%), Nordeste (54,4%), Centro-Oeste (51,4%) e Sudeste (46,8%).
Também foi constatado que houve uma redução, no mesmo período, do número de municípios que não contavam com a presença de nenhuma unidade de SADT, passando de 2.907 (52,2%) para 2.005 (36%) cidades. Todos esses dados demonstram que o crescimento das unidades SADT ocorreu principalmente rumo às regiões metropolitanas e pelas cidades do interior do País.
Laboratórios Clínicos e Diagnóstico por Imagem
Quando olhamos para os dados dos serviços com a finalidade exclusiva de apoio diagnóstico, ou seja, apenas os Laboratórios de Análises Clínicas e os serviços de Diagnóstico por Imagem, podemos perceber o grande avanço desse setor. Entre 2010 e 2020, houve um aumento no total de 4.725 (60,3%) laboratórios clínicos e de 2.967 (96,3%) unidades de diagnóstico por imagem.
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As empresas familiares de pequeno porte, de até 9 empregados, ainda seguem sendo as predominantes, representando cerca 70% do total. Já as empresas com mais de 100 colaboradores correspondem a menos de 1% dos serviços de apoio diagnóstico, proporção que se manteve similar nos 10 anos analisados.
Mensagem final
Apesar de grandes desafios econômicos, estruturais, regulatórios, mercadológicos e legislativos enfrentados, o setor de medicina diagnóstica vem se consolidando e crescendo ano a ano. Com a constante renovação e incorporação de novas tecnologias, associado a uma maior custo-efetividade dos exames complementares disponíveis comercialmente, a medicina diagnóstica vislumbra um futuro promissor na era da medicina personalizada.
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