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Infectologia17 dezembro 2024

XEC: a nova variante de SARS-CoV-2 

Artigo discute a XEC, a nova "variante sob monitoramento" do SARS-CoV-2 que está se espalhando por todo o mundo.

Com uma alta capacidade de mutação, o vírus SARS-CoV-2 é sabidamente capaz de gerar diversas variantes, que podem ter diferentes capacidades de infectividade, transmissibilidade e gravidade. No fim do ano de 2024, uma nova variante vem chamando a atenção de forma global, podendo se tornar a variante dominante em circulação. Denominada de XEC, ela é derivada da variante Omicron, sendo resultado da recombinação de duas outras variantes, tendo estrutura muito próxima às das variantes JN.1 e KP.2. 

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O primeiro país em que a XEC foi detectada foi a Alemanha, em agosto de 2024, sendo declarada como variante sob monitoramento pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em setembro. Desde então, sua circulação vem aumentando globalmente, atingindo 17% das sequências de SARS-CoV-2 registradas no mundo em outubro. Pelo menos 35 países já identificaram casos de infecção pela XEC na Europa, Américas, Ásia e Oceania. 

XEC: a nova variante de SARS-CoV-2 

Contexto nacional 

No Brasil, os primeiros casos de Covid-19 causados por essa variante foram detectados no Rio de Janeiro (RJ) em setembro. Posteriormente, amostras clínicas coletadas em agosto e setembro de pacientes de São Paulo e Santa Catarina também foram positivas com XEC. Até o momento, a variante dominante no país é a JN.1. 

Segundo estudos, a XEC teria maior infectividade do que as variantes dominantes atuais, o que poderia levá-la a se tornar a variante principal. O mesmo grupo de autores, ao avaliar a atividade de anticorpos neutralizantes contra variantes de SARS-CoV-2, mostrou que, quando utilizado o soro de indivíduos que se recuperaram de infecções pelas variantes XBB.1.5, KP.3.3 ou JN.1 e que tinham recebido pelo menos 2 doses de vacina de Covid-19, mas que não tinham recebido a última versão, a XEC apresentou maior evasão imune quando comparada com a variante KP.3. 

Considerações finais 

Clinicamente, a nova variante de SARS-CoV-2 não parece ter características diferentes das variantes principais mais recentes. A semelhança genética com as outras variantes é grande, o que faz com que não seja esperada maior gravidade e nem que haja redução da efetividade das últimas vacinas. Além disso, a combinação nirmatrelvir/ritonavir também parece manter sua efetividade contra XEC.

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Referências bibliográficas

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