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Infectologia6 novembro 2020

Importação de matéria-prima para produção da Coronavac é autorizada pela Anvisa

A Anvisa autorizou, na última semana, a importação de matéria-prima para produção da vacina chinesa contra a Covid-19, a Coronavac.

Por Clara Barreto

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última semana, a importação de matéria-prima para produção da vacina contra a Covid-19 produzida pela Sinovac, a Coronavac. O pedido foi feito pelo Instituto Butantan, que, pelo acordo com a empresa chinesa, produzirá 40 milhões de doses.

O contrato realizado entre o Governo de São Paulo e a empresa chinesa engloba, além da transferência de tecnologia, a aquisição de 6 milhões de doses prontas da vacina, que também já foram autorizadas pela agência brasileira. Como ainda não há registro no Brasil para a Coronavac, tanto as doses compradas como as produzidas devem ficar reservadas até o momento da liberação pela Anvisa.

médico aplicando vacina coronavac contra a covid-19

O que falta para a distribuição da Coronavac?

Os estudos de fase 3 da vacina chinesa ainda estão sendo realizados no Brasil, com 13 mil voluntários, e em todo o mundo. Não existe uma data certa para início da distribuição, já que todos os dados devem demorar alguns meses para serem analisados tanto pelos pesquisadores que estão realizando a pesquisa, quanto pelas agências reguladoras.

Para que o tempo de validação da Anvisa não seja tão longo, recentemente a agência brasileira alterou o processo de envio de dados para registro de vacinas contra a Covid-19, permitindo uma submissão prévia e contínua, conforme os estudos forem caminhando. Este ainda não é um pedido formal de registro, mas uma forma de já ter parte dos dados analisados no momento da solicitação. Até agora, tanto a Coronavac quanto a vacina de Oxford já estão em submissão contínua das informações para a Anvisa.

Leia também: Entre liberações e interrupções: como funcionam os ensaios clínicos de vacinas?

Apesar disso, apenas o Governo de São Paulo possui contrato com a Sinovac. O presidente, Jair Bolsonaro, anunciou que não tem intenção de comprar a vacina chinesa. Até o momento, as únicas doses confirmadas pelo Ministério da Saúde são as 140 milhões que virão por meio de duas parcerias fechadas: o Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o contrato com o laboratório AstraZeneca, que produz a vacina de Oxford.

O Plano Nacional para Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Governo Federal deve ser divulgado até dezembro deste ano.

Testes no Brasil

Além da Coronavac e da AZD1222, conhecida como vacina da Oxford, outras duas vacinas contra o novo coronavírus estão em testes no Brasil: a BNT162b2, da empresa alemã BioNTech em parceria com farmacêutica americana Pfizer; e a Ad26.COV2.S da farmacêutica Janssen-Cilag (divisão da Johnson & Johnson).

Ainda não há previsão para finalização e análise dos estudos de fase 3, assim como para distribuição.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referência bibliográfica:

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