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Infectologia16 outubro 2024

Antibióticos de amplo espectro: quando começar? 

Antibióticos de amplo espectro são frequentemente considerados para tratar infecções graves ou fatais quando o patógeno causador é desconhecido.
Por Raissa Moraes

Os antibióticos de amplo espectro são frequentemente utilizados, principalmente na terapia intensiva, quando o objetivo é cobrir uma ampla variedade de patógenos (incluindo os resistentes), enquanto se aguarda os resultados das culturas. Faz sentido quando levamos em consideração que a inadequação do esquema antibiótico inicial aumenta a mortalidade em pacientes sépticos. No entanto, essa prática tem levado ao aumento da resistência bacteriana.  

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Assim, fica claro que devemos usar um esquema de amplo espectro nos casos de sepse e infecções graves visando todos os patógenos potencialmente causadores, incluindo os resistentes, mas isso deve ser feito baseado nos fatores de risco do paciente para uma infecção por um germe multirresistente e nos dados epidemiológicos locais. O rápido descalonamento assim que os resultados de cultura estiverem disponíveis, também reduz a chance de resistência bacteriana 

Antibióticos de amplo espectro: quando começar? 

Imagem de pixabay

Testes 

Os modernos testes rápidos moleculares e não moleculares podem auxiliar na tomada de decisão com relação ao início de um esquema de amplo espectro. Se um paciente tem poucos fatores de risco para infecção por um multirresistente e o teste rápido vier negativo, ele terá um fator preditivo negativo alto e, assim, pode-se optar por um esquema que não tenha espectro tão amplo.  

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Considerações sobre o uso de antibióticos de amplo espectro

Dessa forma, os elementos críticos no processo de tomada de decisão da escolha do antibiótico incluem conhecimento profundo das diretrizes, conhecimento dos patógenos comuns relacionados ao sítio de infecção, colonização prévia por multirresistentes ou exposição antimicrobiana prévia e uma compreensão da epidemiologia local.  

A decisão também deve ser individualizada de acordo com a gravidade clínica do paciente e a relação custo-benefício estimada de cada estratégia. Utilizar laboratórios microbiológicos e testes de diagnóstico rápido podem reduzir o uso empírico de antimicrobianos de amplo espectro ou permitir um rápido descalonamento.

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Referências bibliográficas

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