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Ginecologia e Obstetrícia21 abril 2023

Risco de recorrência e reintervenção após preservação uterina para adenomiose

Nesse mês foi publicado uma revisão que avaliou o risco de recorrência e reintervenção após opções de tratamento uterino para adenomiose.

O tratamento da paciente com adenomiose sintomática que deseja preservar a fertilidade ainda é um desafio para os ginecologistas. Afinal, adenomiose é a infiltração do miométrio pelo endométrio, sendo difícil seu tratamento cirúrgico, quando pensamos em preservar a fertilidade da paciente. Sua prevalência estimada varia de 20% a 34%, aumentando com a idade e atingindo um pico em pacientes entre 40 e 49 anos. 

Em abril de 2023 foi publicado uma revisão sistemática na Obstetrics & Gynecology com o objetivo de avaliar o risco de recorrência e reintervenção após opções de tratamento conservador uterino para adenomiose sintomática, incluindo adenomiomectomia, embolização da artéria uterina (EAU) e ablação térmica guiada por imagem. 

Saiba mais: Leiomiomatose e fertilidade: miomectomia ou embolização da artéria uterina?

Risco de recorrência e reintervenção após preservação uterina para adenomiose

Risco de recorrência e reintervenção após preservação uterina para adenomiose

Métodos 

Os autores selecionaram um total de 42 estudos (estudos retrospectivos e prospectivos de braço único) que representavam 5.877 pacientes.  

Resultados 

As taxas de recorrência após adenomiomectomia, EAU e ablação térmica guiada por imagem foram de 12,6% (95% CI 8,9–16,4%), 29,5% (95% CI 17,4–41,5%) e 10,0% (95% CI 5,6–14,4% ), respectivamente. As taxas de reintervenção foram de 2,6% (IC 95% 0,9–4,3%), 12,8% (IC 95% 7,2–18,4%) e 8,2% (IC 95% 4,6–11,9%) após adenomiomectomia, EAU e terapia térmica guiada por imagem ablação, respectivamente. 

Conclusão 

Após a análise dos resultados citados acima, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as técnicas de preservação uterina foram bem-sucedidas no tratamento da adenomiose com baixas taxas de reintervenção. Sendo que a embolização da artéria uterina teve taxas de recorrência e reintervenção mais altas do que outras técnicas. No entanto, as pacientes tratadas com EAU apresentaram úteros maiores e adenomiose maior, indicando que o viés de seleção pode ter influenciado esses resultados. 

Leia também: Adenomiose: é uma disfunção uterina endócrina?

Mensagem prática 

Contudo, mais ensaios clínicos randomizados com uma população maior são necessários no futuro para esclarecer a melhor conduta para as pacientes, inclusive, saber o número de pacientes que conseguiram gestar após esses procedimentos, afinal, existe algum procedimento superior quando pensamos em fertilidade da paciente? 

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Referências bibliográficas

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