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Carreira18 julho 2025

Residência em Geriatria: cuidando do amadurecimento com propósito

Saiba um pouco mais sobre a estrutura, rotina e oportunidades de carreira em Geriatria, uma das especialidades mais promissoras da atualidade
Por Redação Afya

A Residência Médica em Geriatria é uma formação especializada que prepara o médico para atuar no cuidado integral do paciente idoso, com foco na prevenção, tratamento e reabilitação.

O programa possui duração de dois anos (R1 e R2), com carga horária de 60 horas semanais, conforme regulamentação da CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica). A formação prioriza uma abordagem multidisciplinar, com experiências práticas em diferentes níveis de atenção à saúde.

Pré-requisitos e formação em Clínica Médica

Para ingressar na Residência em Geriatria, o médico precisa ter concluído previamente dois anos de Residência em Clínica Médica. Esse pré-requisito garante uma base sólida em propedêutica, semiologia e manejo de condições clínicas complexas, habilidades essenciais para lidar com a multipatologia comum no idoso.

Instituições de referência no Brasil

Diversas instituições reconhecidas oferecem o programa de Geriatria, incluindo:

Cada uma possui abordagens e estruturas diferentes, mas todas seguem os padrões exigidos pela CNRM. Os editais costumam ser publicados anualmente, entre setembro e novembro.

Processo seletivo e preparação

Como funciona o processo seletivo

O processo seletivo para Residência Médica em Geriatria é feito por concurso público, organizado pela COREME de cada instituição, com base nas diretrizes da CNRM/MEC. A maioria dos programas inclui uma prova objetiva com questões de Clínica Médica e, em alguns casos, provas práticas e análise curricular. A pontuação e o formato variam conforme o edital, mas, geralmente, a prova teórica tem peso elevado na nota final. Instituições como USP, UFMG e UNIFESP também aplicam estações clínicas simuladas e entrevistas, especialmente nos programas mais concorridos.

Concorrência e notas de corte

As inscrições costumam ocorrer entre setembro e outubro, com provas realizadas de novembro a janeiro. A concorrência varia bastante: algumas instituições têm notas de corte próximas a 90%, enquanto outras selecionam com médias mais baixas, em torno de 65%. Por isso, é importante estudar provas anteriores, acompanhar os cronogramas nos sites das COREME e preparar uma boa documentação. Cada edital traz prazos, exigências e critérios próprios, então atenção aos detalhes é fundamental para garantir sua vaga.

Dicas práticas para aprovação

Para se destacar na seleção para a Residência em Geriatria, é essencial focar nos grandes temas da Clínica Médica e nos fundamentos da Geriatria, como síndromes geriátricas e cuidados paliativos. Resolver provas anteriores, manter uma rotina de estudos consistente, participar de simulados e, se possível, contar com cursos preparatórios e grupos de estudo são estratégias que aumentam significativamente as chances de aprovação.

Rotina do residente em Geriatria

Atividades práticas e ambulatórios

A rotina do residente em Geriatria é intensamente prática e voltada à realidade do cuidado ao idoso. Inclui atendimentos em ambulatórios especializados, visitas domiciliares supervisionadas, passagens de enfermaria, discussões clínicas em equipe multiprofissional e participação ativa em reuniões de caso.

Há ênfase na avaliação funcional do paciente, revisão criteriosa da polifarmácia, abordagem centrada no cuidado paliativo e na elaboração de planos terapêuticos individualizados, sempre considerando aspectos físicos, emocionais e sociais do envelhecimento.

Estágios complementares (neuro, paliativa, saúde coletiva)

Durante a residência em Geriatria, os médicos também realizam estágios em áreas complementares como Neurologia, Psiquiatria, Medicina Paliativa, Reabilitação e Saúde Coletiva. Essas vivências são fundamentais para o manejo integral do idoso, oferecendo uma visão mais ampla das condições associadas ao envelhecimento, como demências, transtornos do humor, limitações funcionais e contextos sociais complexos. Além disso, esses estágios fortalecem o olhar interdisciplinar e capacitam o residente para atuar tanto em ambientes clínicos quanto na formulação de estratégias de cuidado em nível populacional.

Supervisão, carga horária e avaliação

A residência em Geriatria exige dedicação integral, com uma carga horária média de 60 horas semanais. As atividades são supervisionadas por preceptores experientes, que acompanham o desempenho técnico e clínico dos residentes. Além dos atendimentos práticos, há uma programação teórica obrigatória com aulas, seminários, discussão de artigos e apresentação de casos clínicos. A avaliação é contínua e inclui provas internas, desempenho nas atividades práticas e aspectos comportamentais, como ética, empatia e postura profissional.

Saiba mais: Formação On-line em Preceptoria Multidisciplinar

Áreas de atuação do geriatra

Atuação hospitalar, ILPIs, atenção primária e domicílio

O geriatra pode atuar em diversos ambientes, como enfermarias, ambulatórios, unidades básicas de saúde (UBSs), instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) e atendimentos domiciliares. Essa ampla inserção é resultado da formação completa da residência, que capacita o médico a lidar com diferentes níveis de complexidade clínica e realidades sociais. Seja no SUS ou na rede privada, o cuidado ao idoso exige trabalho integrado com equipes multiprofissionais e foco na funcionalidade e qualidade de vida do paciente.

Gestão em saúde e políticas públicas

Com conhecimento aprofundado sobre o envelhecimento populacional, o geriatra pode assumir papéis estratégicos na gestão de serviços e na elaboração de políticas públicas voltadas à terceira idade. Sua formação permite contribuir na organização de linhas de cuidado, coordenação de programas de atenção ao idoso e administração de ILPIs ou unidades especializadas. Essa atuação é cada vez mais valorizada diante do crescimento da população idosa e da necessidade de sistemas de saúde mais eficientes e humanizados.

Ensino e pesquisa como caminhos possíveis

Para quem deseja seguir carreira acadêmica, a geriatria oferece espaço em programas de ensino, mestrado e doutorado, além de participação em estudos clínicos e grupos de pesquisa em envelhecimento.

Salário e mercado de trabalho

Quanto ganha um geriatra no Brasil

O salário de um geriatra no Brasil varia bastante conforme a região, experiência e tipo de instituição. De acordo com sites como Glassdoor, Salario.com e Indeed, a média fica em torno de R$ 8 mil a R$ 9 mil mensais, podendo ir de cerca de R$ 4 mil em instituições públicas até mais de R$ 13 mil em clínicas e hospitais privados de maior porte. Profissionais iniciantes geralmente recebem menos, enquanto os mais experientes alcançam remunerações mais altas. Essa variação reflete a crescente demanda e valorização da especialidade diante do envelhecimento populacional.

Onde estão as maiores demandas

O envelhecimento acelerado da população brasileira impulsiona uma demanda crescente por geriatras, especialmente em grandes centros urbanos e regiões com maior longevidade, como o Sul e o Sudeste. Além dos hospitais, cresce a necessidade desses especialistas em clínicas, instituições de longa permanência (ILPIs) e serviços de atenção primária, refletindo a ampliação do cuidado integral ao idoso.

Estabilidade e crescimento da especialidade

A geriatria figura entre as especialidades médicas com maior potencial de expansão no Brasil. A valorização profissional tem se intensificado tanto no setor público quanto no privado, garantindo estabilidade financeira e amplas oportunidades de carreira. A tendência é que, com o envelhecimento populacional, a demanda e a remuneração continuem em ascensão.

Residência x pós: qual caminho seguir?

Diferenças em certificação, prática clínica e duração

A residência médica é uma formação regulamentada pelo MEC e CNRM, com duração mais longa e imersão prática intensiva, conferindo título oficial de especialista. A pós-graduação lato sensu, reconhecida pelo MEC, oferece capacitação especializada, porém não assegura o título e costuma ter carga horária e duração menores. Ambas proporcionam experiência clínica, mas a residência é mais estruturada e abrangente.

Saiba mais: Pós-graduação médica: investimento ou custo?

Quando a residência é mais indicada

Para profissionais que desejam obter o título oficial de especialista, atuar em hospitais de grande porte e seguir carreira acadêmica, a residência permanece como o caminho mais indicado. Sua formação sólida e regulamentada abre portas em diversas áreas clínicas e institucionais.

Leia também: Especialidades médicas que mais remuneram: vale a pena investir na residência?

Perfil profissional para cada tipo de formação

A residência exige dedicação integral, ideal para quem busca atuação clínica ampla, com foco institucional e acadêmico. Já a pós-graduação é uma alternativa flexível para médicos em transição de carreira ou que preferem atuar em ambulatórios e atendimentos domiciliares, oferecendo maior autonomia e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A Afya está sempre atenta às novidades do universo da residência médica, trazendo conteúdos atualizados e dicas valiosas para ajudar você nessa jornada. Para não perder nenhuma atualização sobre editais, provas e oportunidades, acompanhe a seção Carreira do nosso site e fique por dentro de tudo!

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