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Carreira29 janeiro 2025

Pós-graduação médica: investimento ou custo?

Pós-graduação lato sensu permite formação ajustada e aprendizado dinâmico, transformando a prática clínica rapidamente
Por Redação Afya

Cursos de pós-graduação em medicina existem para fornecer ao médico um caminho a mais na carreira, uma busca pela especialização além da residência médica. Contudo, muitos médicos olham apenas para os custos do investimento e não enxergam os resultados que entrega.

A pós-graduação lato sensu dá ao médico a possibilidade de uma formação mais adequada à necessidade do profissional. Por meio de um aprendizado mais dinâmico, é capaz de permitir que o conhecimento adquirido transforme a prática clínica de forma mais imediata.

“Ao mesmo tempo que ele está evoluindo na carreira, ele está aprendendo.”, afirma Rodrigo Carvalho, Gerente de Ensino Superior da Afya, que explica ainda que em uma residência médica o tempo do graduado é consumido quase que exclusivamente pela carga horária da RM, enquanto a pós-graduação facilita essa transferência entre saber e prática.

Desse modo, ainda que o custo de uma pós-graduação possa ser elevado, o retorno sobre esse investimento fica mais próximo.

Para o professor e Coordenador de Endocrinologia da Faculdade Afya em São Paulo, Dr. Luiz Portari, uma das grandes vantagens da pós-graduação é permitir ao médico manter seus plantões ao mesmo tempo que trabalha na sua especialidade, possibilitando que ele vá equilibrando melhor essa transição entre os plantões e a carreira como especialista.

Médica analisando os cursos de pós-graduação

Impacto financeiro

As informações sobre as diferenças de remuneração entre generalistas e especialistas demonstradas no relatório Saúde Financeira do Médico em 2023, produzido pelo Research Center da Afya, apontam a grande diferença que uma especialização pode trazer para a vida financeira do médico.

Segundo o relatório, médicos especialistas possuem uma renda mensal média de R$ 27.180, enquanto médicos generalistas apresentam uma renda média de R$ 18.913. Uma especialização pode gerar uma renda 43,7% maior.

Quando comparados os dados referentes aos médicos em especialização, a média de renda para médicos pós-graduandos foi maior do que a de residentes. “Enquanto os pós-graduandos recebem em média R$ 21.604 por mês, os residentes recebem R$ 12.840, o que pode ser explicado pela dedicação exclusiva e pela alta carga horária dos médicos que estão na residência, não restando tempo para complementar renda em outros serviços” aponta a pesquisa.

Corroborando a possibilidade de um médico pós-graduando conseguir um retorno mais imediato sobre o tempo investido no estudo, o relatório também revela que nos primeiros cinco anos após a formação médica, médicos em processo de especialização por meio de pós-graduação apresentam uma renda média maior em comparação com aqueles em residência médica (R$ 21.073 contra R$ 16.563).

O estudo também demonstra que médicos que concluíram seus estudos de especialização possuem um teto mais elevado de ganhos, com médicos que possuem duas ou mais especializações figurando no topo.

Pós-graduação: investimento além da renda

O investimento em uma pós-graduação afeta não apenas a parte financeira da carreira do médico, como também traz ganhos na sua vida pessoal. O relatório do Research Center da Afya mostra que médicos pós-graduandos trabalham em média 52,9 horas por semana, enquanto residentes trabalham 65,4 horas. Para aqueles que já possuem uma especialização essa carga de trabalho cai mais, para 49,7 horas, variando um pouco para aqueles com duas ou mais (50,5 horas por semana).

O Dr. Portari, que também já foi aluno da pós-graduação, acredita que o curso foi um divisor de águas na sua vida profissional, favorecendo sua carreira e lhe dando uma maior qualidade de vida, ao permitir que buscasse algo fora da rotina de plantões e centros cirúrgicos. Um ganho que ele também observa junto aos alunos das nove turmas de pós-graduação da unidade de São Paulo. “Eu acredito muito na pós e eu acho que ela veio pra ficar.” afirma.

O professor também lembra que embora o contingente de médicos brasileiros cresça a cada ano, o número de vagas para residência não acompanha o mesmo ritmo. De acordo com o Panorama da Residência Médica, publicado pela Associação Médica Brasileira, mesmo com o aumento de mais de 20%, entre 2017 e 2024, no número de vagas, a diferença entre graduados e vagas de residência disponíveis apresentou um déficit de 11.074 vagas em 2023/2024.

Para o Dr. Tiago Bignoto, Coordenador de Cardiologia da Afya Educação Médica, dentro dessa necessidade do mercado, os cursos da Afya se destacam por, através de aulas modulares, se adequarem às necessidades do médico permitindo ao profissional um contato mais próximo com pacientes sem deixar de lado a vida pessoal.

“É a pós com maior carga horária, além de professores com mestrado ou doutorado. O aluno tem a oportunidade de atender pacientes que têm as patologias que o aluno está vendo nas aulas teóricas. Isto faz com que ele tenha bastante evolução em seu curso”, complementa o Dr. Portari.

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