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Carreira20 junho 2024

Quando solicitar uma segunda opinião médica?

A segunda opinião médica é importante para aumentar a confiança e segurança nas escolhas

A existência de diferentes opções de tratamento e dúvidas diagnósticas são questões que podem fazer com que seja necessária uma segunda opinião médica, uma prática que com os avanços tecnológicos tem se tornado cada vez mais comum. 

 

segunda opinião

Segunda opinião médica

A segunda opinião médica é a busca e auxílio de um outro profissional médico, geralmente especialista, com o objetivo de esclarecer dúvidas relacionadas a diagnóstico, exames e tratamentos.  

Essa procura pode ocorrer tanto por parte do médico, quanto do paciente. Vale ressaltar que ouvir a opinião de um segundo médico, trata-se de um direito assegurado ao paciente em lei, sendo vedado no  Código de Ética Médica que o profissional se oponha a essa demanda.  

 

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Importância e os benefícios da segunda opinião médica

A análise do caso do paciente pode ser muito influenciada, até mesmo porque o corpo humano não é exato. Há pessoas que reagem positivamente a um determinado tratamento, enquanto outras não. Nesse contexto, a segunda opinião médica é importante para aumentar a confiança e segurança nas escolhas, para auxiliar em dúvidas sobre o diagnóstico ou tratamento e para um médico conferir informações com outro médico antes de definir um diagnóstico. 

Profissionais e especialistas de todas as áreas da saúde são seres humanos sujeitos a equívocos. Contar com essa possibilidade pode fazer toda a diferença para o paciente.  Assim, os principais benefícios da segunda opinião médica podem ser listados: 

  • Esclarecimento de dúvidas; 
  • Ampliação dos conhecimentos; 
  • Troca de informações; 
  • Confirmações e revisões diagnósticos; 
  • Correção e redução de falhas diagnósticas; 
  • Segurança na recomendação de tratamentos; 
  • Maiores chances de um bom prognóstico; 
  • Conhecimento sobre alternativas de tratamento e interpretação do caso. 

 

Quando solicitar outra opinião médica? 

Existem diferentes situações nas quais a solicitação de uma segunda opinião é indicada. As principais delas são: 

  • Esclarecer o paciente quando este tem dúvidas no diagnóstico ou tratamento recomendado, não tendo certeza sobre as condutas que ainda precisam ser esclarecidas. 
  • Quando um médico deseja conferir informações com outro médico antes de definir um diagnóstico, especialmente se a condição do paciente necessitar de uma avaliação mais especializada. 
  • Para estabelecer a melhor opção quando existe mais de uma conduta terapêutica recomendada, sendo possível conhecer melhor outras opções de tratamento, os riscos, benefícios e chances de cada alternativa. 
  • Em alguns casos, o plano de saúde do paciente que indica a consulta de uma nova opinião médica, principalmente antes de autorizar alguns exames mais complexos ou cirurgias. De acordo com a Resolução CONSU nº 8 e o Código de Ética Médica, as fontes pagadoras, tanto públicas quanto privadas, podem solicitar a segunda opinião, trabalhando com sistemas de auditorias eficientes quando em suspeita de exageros e indicações inadequadas de procedimentos. 
  • Quando o tratamento realizado não apresenta resultados favoráveis, sendo necessário buscar uma alternativa clínica. 

Essa são somente as principais situações nas quais uma nova opinião pode ser solicitada pelo paciente ou médico, agregando ao diagnóstico, tratamento e interpretação de exames médicos. 

 

O que diz o Código de Ética Médica? 

O Código de Ética Médica indica que a chamada “Segunda Opinião Médica” é um direito do paciente e faz parte de sua autonomia no contexto da relação médico-paciente. De acordo com o código, é vedado ao médico opor-se à realização da segunda opinião solicitada pelo paciente ou por seu representante legal (capítulo V, artigo 39). 

O parecer nº 114073 de 2010 do Cremesp relata  que “o mecanismo da segunda opinião médica é usual em todo mundo e em si não é antiética. Pode ser pedida pelo médico, pelo paciente ou pela fonte pagadora, seja ela qual for. O médico emissor da segunda opinião é responsável civil e eticamente por ela. Havendo divergência entre a primeira e a segunda opinião, o ideal é recorrer a uma junta médica com a participação de um terceiro expert escolhido de comum acordo entre médicos que emitiram as opiniões divergentes.” 

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A telemedicina como facilitadora da segunda opinião médica 

Presente no Brasil há mais de 30 anos, a telemedicina é um dos pilares para o compartilhamento de informações de saúde. Empregando tecnologias da informação e comunicação, viabiliza a segunda opinião entre médicos de diferentes localidades. Sem essa tecnologia, a troca de conhecimentos ficaria restrita a colegas que trabalhassem em uma mesma região, ou se encontrassem durante eventos.  

Desde março de 2020, após ser decretado quarentena e o fechamento de serviços e comércio por causa da pandemia de Covid-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Senado Federal liberaram a telemedicina por período provisório. Mais recentemente, em maio de 2022, o CFM regulamentou a prática definitivamente. 

Com os avanços nessa área, a medicina observou uma transformação rápida em seu cotidiano. E não foi diferente quando se fala em segunda opinião médica, cada vez mais acessível e presente na prática dos profissionais de saúde. 

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