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Cardiologia17 outubro 2024

Preditores de resultados adversos e sobrevida em pacientes de transplante cardíaco

Estudo avaliou o potencial das biópsias endomiocárdicas (BEM) na predição de resultados adversos e sobrevida
Por Juliana Avelar

Sabe-se que resultados adversos afetam significativamente as taxas de sobrevivência em pacientes de transplante cardíaco. Um estudo recente avaliou o potencial das biópsias endomiocárdicas (BEM) na previsão de resultados adversos e sobrevida nesta população. 

Leia também: Gestação após transplante de órgãos sólidos: quais os riscos?

Preditores de resultados adversos e sobrevida em pacientes de transplante cardíaco

Imagem de freepik

O estudo 

Este trabalho foi uma releitura da tese de doutorado do professor da Afya – Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT), Reginaldo Cipullo, defendido em 2010. O projeto teve o objetivo de fazer uma equação preditora de sobrevida geral e sobrevida livre de rejeição usando médias dos achados das biopsias endomiocardicas de pacientes transplantados cardíacos.  

Na análise bivariada todas as médias dos achados foram preditivas, porém, quando calculada a regressão logística, foi notado que apenas a média dos valores da rejeição celular foi predatória dos objetivos. Após dividir as médias dos valores de rejeição celular das biopsias dos pacientes, a sobrevida e sobrevida livre de rejeição celular foi inversamente proporcional ao valor médio da rejeição celular dos pacientes.  

A versão final deste estudo foi apresentada na edição de 2024 do congresso do American College of Cardiology pela Dra. Maryana Mendonça.  

Metodologia 

No estudo, foram analisadas 952 amostras de BEM de 107 pacientes transplantados que receberam doses padrão de ciclosporina, micofenolato e prednisona. As BEMs foram avaliadas para rejeição celular, vasculite, efeito Quilty e padrões de eosinofilia. 

A rejeição celular foi numericamente pontuada (0R = 0, 1R = 1, 2R = 2, 3R = 3). Outros padrões foram pontuados com 1 para presença e 0 para ausência. Os resultados adversos foram rejeição aguda (RA) ou óbito do paciente. 

Resultado 

Das 952 BEMs, 720 foram não preditivas e 232 preditivas. A rejeição celular foi um preditor significativo de RA e mortalidade.  

Conclusão 

Entre os padrões histológicos estudados, a rejeição celular pode ser considerada um indicador de resultados adversos e taxas de sobrevida em pacientes de transplante cardíaco.

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Referências bibliográficas

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