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O delirium tremens é uma condição grave, que pode colocar em risco a vida do doente em abstinência alcoólica. Em artigo do periódico Critical Care Medicine, publicado em maio, pesquisadores analisaram se a terapia adjuvante com cetamina pode melhorar os desfechos do paciente.
Esse estudo observacional retrospectivo de coorte incluiu 63 pacientes admitidos na UTI de um hospital acadêmico, diagnosticados com delirium tremens pelos critérios DSM V. Todos os participantes foram tratados com benzodiazepínicos e/ou fenobarbital; 34 receberam também uma infusão intravenosa de cetamina (0,15 a 0,3 mg/kg/hora) continuamente até a resolução do delirium.
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Cetamina no delirium tremens
Os pacientes tratados com cetamina foram menos propensos a serem intubados (29% vs. 76%; OR: 0,14; p <0,01; IC de 95%: 0,04 a 0,49) e tiveram uma diminuição na permanência na UTI de 2,83 dias (IC de 95%: –5,58 a –0,089; p = 0,043). Para os desfechos na UTI, os coeficientes de correlação foram significativos para o nível de álcool e dosagem total de benzodiazepínicos. Para os desfechos da hospitalização, os coeficientes de correlação foram significativos para a idade do paciente, aspartato aminotransferase e o nível de alanina aminotransferase.
Nenhum evento adverso foi reportado.
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que a terapia adjuvante com cetamina foi associada a menor tempo de permanência na UTI, menor necessidade de benzodiazepínicos, menor probabilidade de intubação e uma tendência a uma hospitalização mais curta.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Pizon AF et al. Adjunct ketamine use in the management of severe ethanol withdrawal. Crit Care Med 2018 May 8 || https://doi.org/10.1097/CCM.0000000000003204
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