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Terapia Intensiva27 novembro 2023

CBMI 2023: Quando indicar milrinona e vasopressina no choque séptico pediátrico?

Neste artigo apresentamos os principais pontos de duas palestras “Milrinona pode ser DVA de primeira escolha?” e “Vasopressina, quando indicar?”.

No primeiro dia do XXVIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI) da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), duas palestras se destacaram entre os temas pediátricos: “Milrinona pode ser DVA de primeira escolha?” do Dr. Thiago Silveira Jannuzzi de Oliveira (Belo Horizonte/MG) e “Vasopressina, quando indicar?” do Dr. Cláudio Flauzino de Oliveira (São Paulo/SP). Os palestrantes deixaram mensagens muito importantes com relação às práticas atuais do uso de aminas vasoativas no choque séptico em crianças.

Leia também: CBMI 2023:  Biomarcadores e seus desafios na previsão da sepse em pediatria

Com relação à milrinona, o Dr. Thiago mencionou as recomendações de um artigo recente de revisão publicado no periódico Current Pediatrics Reports.

CBMI 2023: Recomendações atuais para sedação e analgesia em UTI pediátrica

CBMI 2023: Recomendações atuais para sedação e analgesia em UTI pediátrica

Milrinona

  1. Use epinefrina (e não dopamina) e/ou norepinefrina (e não dopamina) — recomendação fraca (RF);
  2. Considerar epinefrina ou norepinefrina como a infusão vasoativa de primeira linha, guiada pela preferência do médico, fisiologia do paciente e fatores locais — declaração prática (DP), isto é, não é uma recomendação;
  3. Considerar iniciar agentes vasoativos através de acesso periférico em concentração diluída, se o acesso venoso central não for facilmente acessível — DP;
  4. Considere adicionar vasopressina ou titular ainda mais catecolaminas em caso de choque refratário — RF;
  5. Considere adicionar inodilatadores se houver evidência de hipoperfusão persistente e disfunção cardíaca apesar de outros agentes vasoativos — DP.

Já no que tange ao uso de vasopressina, o Dr. Cláudio citou recomendações da Surviving Sepsis Campaign (SSC) e também do Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS).

Saiba mais: CBMI 2023: Usar solução balanceada ou não balanceada na sepse em pediatria?

Vasopressina

Surviving Sepsis Campaign

  • Sugere-se a adição de vasopressina ou titulação adicional de catecolaminas em crianças com choque séptico que necessitam de altas doses de catecolaminas (RF, baixa qualidade de evidência).
  • Nenhum consenso foi alcançado sobre o limiar ideal para iniciar a vasopressina. Portanto, essa decisão deve ser tomada de acordo com a preferência individual do médico.

ILAS

  • Pacientes com choque hiperdinâmico com pressão arterial baixa, saturação venosa central > 70% em uso de noradrenalina?
    • Se euvolêmico, considerar vasopressina, terlipressina ou angiotensina.
    • A dose recomendada de vasopressina para o tratamento do choque é de 0,0003 – 0,002 U/kg/min (0,018 – 0,12 U/kg/h) e dose máxima de 0,008 U/kg/min.
    • Se índice cardíaco (IC) < 3,3 L/min/m2, associar adrenalina, dobutamina ou levosimendan.

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Referências bibliográficas

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