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Saúde20 maio 2024

Zolpidem terá controle de venda aumentado 

Segundo a Anvisa, o uso irregular e abusivo do zolpidem foi o grande motivador da decisão 

Foi aprovado pela Anvisa, esta semana, um aumento do controle para a comercialização do medicamento Zolpidem. Com a mudança, qualquer medicamento contendo a substância, indicada para o tratamento da insônia, deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul). 

Esse tipo de receita exige que o profissional que receite o remédio seja previamente cadastrado na autoridade local da vigilância sanitária. Segundo a agência, o uso irregular e abusivo do Zolpidem foi o grande motivador da decisão. 

Zolpidem terá controle de venda aumentado 

O que muda?

O Zolpidem estava enquadrado na lista de psicotrópicos (B1), que já é mais restrita. No entanto, de acordo com a Anvisa, o adendo 4 dessa mesma lista flexibilizava a restrição e previa que medicamentos com até 10 mg de Zolpidem por unidade posológica seriam equivalentes aos medicamentos da “Lista C1 – Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial”. 

Essa categoria permite que a prescrição seja feita em receita branca de duas vias, sem a exigência de que o profissional que a emite esteja previamente cadastrado pela autoridade sanitária local. 

Leia também: O reajuste anual de medicamentos será de 4,5% este ano 

Com a exclusão do Adendo 4 da Lista B1 da Portaria 344/1998, a partir do dia 1º de agosto deste ano, a Notificação de Receita B (azul) passa a ser obrigatória para a prescrição de todos os medicamentos à base de Zolpidem, independentemente da sua concentração. 

O prazo foi estipulado para que pacientes não percam suas receitas anteriores já prescritas, e para que profissionais que ainda não estão cadastrados para a prescrição em Notificação de Receita Azul possam se cadastrar junto às autoridades sanitárias locais. 

O que é o zolpidem? 

O zolpidem é um agente hipnótico indicado para pessoas que têm dificuldade em adormecer e/ou manter o sono. Seu uso deve ser o mais breve possível e, como ocorre com todos os hipnóticos, não deve exceder um mês. Qualquer tratamento que ultrapasse esse período deve ser reavaliado, pois o risco de abuso e dependência aumenta com a dose e a duração do uso. 

De acordo com a Anvisa, as vendas do medicamento cresceram no Brasil, especialmente durante e após a pandemia de Covid-19. Em 2018, a agência estimou que foram vendidas 13,1 milhões de caixas de zolpidem no país. Em 2022, essa estimativa subiu para 21,9 milhões de caixas, representando um aumento de 67% nas vendas. 

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