Após a aprovação do registro da vacina contra Chikungunya pela Anvisa, o Ministério da Saúde solicitará sua análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), etapa necessária para a possível inclusão do imunizante na rede pública. Caso aprovada, a vacina poderá ser incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), fortalecendo a resposta contra a doença no país.
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A vacina
Desenvolvida pelo laboratório Valneva em parceria com o Instituto Butantan, a vacina representa um avanço no combate às arboviroses e reforça o compromisso do governo com o acesso a tecnologias seguras e inovadoras.
O imunizante, já aprovado nos EUA e na Europa, é de dose única, indicada para adultos em risco elevado, mas contraindicada para gestantes e imunocomprometidos. A produção inicial será feita na Alemanha, com transferência de tecnologia prevista para o Brasil, via Instituto Butantan.
O registro foi concedido após análise da Anvisa, com base em estudos que demonstraram segurança e eficácia do imunizante. Um Termo de Compromisso firmado com o Butantan prevê ainda estudos adicionais no Brasil para monitorar a efetividade e a segurança da vacina.
Chikungunya
A chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. O vírus Chikungunya foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante epidemia em diversos países da América Central e ilhas do Caribe.
Desde 2016, o Brasil é considerado o epicentro epidêmico da doença. Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, em 2024 foram 265.545 casos prováveis da doença com 243 mortes confirmadas. Já em 2025, até a última atualização no dia 15 de abril, o painel contabiliza 69.198 casos suspeitos com 57 mortes confirmadas e 53 ainda sob investigação.
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