Nesta semana houve a confirmação do primeiro caso de monkeypox em uma criança no estado da Bahia. A prefeitura de Salvador afirmou, na segunda-feira (8), que uma criança de dois anos de idade apresentou a varíola dos macacos. Esse é o sexto caso confirmado de varíola dos macacos em crianças.
O Brasil registrou os três primeiros casos de varíola dos macacos em crianças na noite de quinta-feira (28), quando a prefeitura de São Paulo confirmou que duas meninas de seis anos de idade e um menino de quatro anos estão com diagnósticos positivos para a doença.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde paulista (SMS-SP), todos estão sendo monitorados em casa e não têm sinais de agravamento. Os menores apresentaram bolhas na pele (vesículas), dilatação nos gânglios e febre.
Uma das meninas teve contato com um parente que estava com a enfermidade. Já os outros dois casos seguem sob análise para verificação da origem das infecções.
No mesmo estado, também houve o diagnóstico positivo de três adolescentes, entre 13 e 14 anos, com a varíola dos macacos. Dois são moradores da capital e um de Osasco, na Grande São Paulo. Ainda se sabe a origem epidemiológica desses casos, que também seguem em investigação.
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Número de casos no Brasil
O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (8) mostra que o Brasil registrou até agora 2.415 casos da doença e uma morte.
O estado de São Paulo é o que mais registra casos da varíola dos macacos, no país. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar e Minas Gerais em terceiro. Os números exatos ainda não foram atualizados pelas secretarias de saúde estaduais.
Especialistas destacam que a doença tem se espalhado com rapidez pelo país e que, em muitos casos, os sintomas têm sido discretos. Algumas pessoas apresentam, por exemplo, poucas lesões na pele e não se isolam, como é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ações em andamento
O Ministério da Saúde informou que os testes para diagnóstico estão disponíveis e que articula com a OMS as tratativas para aquisição de vacinas.
Neste momento, a entidade internacional não recomenda a vacinação em massa, mas a aplicação de doses em pessoas que foram expostas ao vírus e nos profissionais da saúde.
Um imunizante está sendo fabricado na Dinamarca, com proteção de 80%. O governo do estado de São Paulo já informou que pretende comprar doses ou até mesmo produzi-las no Instituto Butantan.
Em nota, a SMS-SP disse que, “com a nova realidade internacional, busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa, com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus”.
“A rede municipal de saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), pronto-socorros e pronto-atendimentos, foi capacitada e conta com insumos para coleta de amostras das lesões cutâneas para análise laboratorial”, afirmou a pasta.
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Surto no país
O Ministério da Saúde passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos de varíola dos macacos no país, como a ativação de um centro de operações para acompanhar a evolução da enfermidade.
Antes, a palavra era usada somente em pareceres técnicos ao citar casos semelhantes de aumento da curva de contaminação registrados em outros países.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
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